sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Bico calado

  • 20 pessoas lesadas em milhares de euros por Pedro Arroja, economista, professor universitário, e mandatário nacional do CHEGA para as eleições legislativas de 2022. Em meados da década de 2000, Arroja tornou-se diretor executivo de uma empresa de investimentos de risco em ativos financeiros. Os investimentos acumularam-se e a maioria dos investidores particulares limitava-se a assinar e a depositar o seu dinheiro para que o gestor de carteira o fizesse render. Assim que bateu a crise financeira de 2008, a empresa registou uma queda de 350 mil euros anuais. Os contratos com os investidores foram rescindidos unilateralmente, à revelia da lei. Esfumaram-se. Dezenas de pessoas perderam milhares de euros em investimentos. A CMVM não soube, o Banco de Portugal não tinha de saber, os clientes não foram informados e Pedro Arroja nunca foi responsabilizado. Afinal, o que falhou? Ana Patrícia Silva, Setenta e Quatro.
  • A PharmaContinente – Saúde e Higiene, S. A., detentora das lojas Wells, pretende alterar os horários dos trabalhadores para jornadas de 10 horas, num regime de horários concentrados, denuncia o CESP.
  • O 'Lado Negro de Davos': o aumento da procura de profissionais do sexo por parte da elite mundial. TYLER DURDEN, ZeroHedge.
  • Fabricantes da vacina da Covid-19 pressionaram o Twitter para censurer ativistas defensores de vacina genérica. A campanha de pressão mediática foi apenas uma parte da bem sucedida campanha de lóbi da indústria farmacêutica para reter patentes e obter lucros recorde. Lee Fang, The Intercept.

  • «A agressão implacável a civis começou com prisões e detenções sem julgamento combinadas com a remoção forçada de Kikuyus que estavam nas Terras Altas Brancas. Os funcionários coloniais enfiaram milhares em vagões e camiões e enviaram-nos de volta para as reservas. Na Primavera de 1953, o volume de pessoas deslocadas internamente era espantoso, e membros do Conselho Legislativo do Quénia comentaram repetidamente que a "gota [de repatriados] tornou-se uma corrente". Em poucos meses, o governo deslocou mais de cem mil Kikuyus através de campos de trânsito. Muitos definharam com saneamento inadequado, água limpa e rações, uma vez que os funcionários descobriram como voltar apertá-los em reservas sobrelotadas. Erskine acreditava que "uma falha da lei e da ordem" tinha dominado Nairobi, que "se tinha tornado a principal base de abastecimento Mau Mau a partir da qual os terroristas obtinham recrutas, dinheiro, mantimentos e munições". No início da manhã de 24 de Abril de 1954, lançou a Operação Anvil, uma repetição de demonstrações de força semelhantes à da Palestina como a Operação Shark. O general destacou vinte e cinco mil membros das forças de segurança, que isolaram a cidade para uma purga setor por setor de africanos para livrar Nairobi de quaisquer suspeitos de simpatizantes Mau Mau. As equipas de interrogatório identificaram os que se destinavam à remoção. Os observadores descreveram a operação como "tipo Gestapo" e quando Erskine a declarou um sucesso, as suas forças tinham enfiado mais de vinte mil suspeitos Mau Mau enjaulados em camiões em direção a Langata Camp, onde foram classificados usando os códigos de cores agora típicos nas operações de contrainsurgência do império. Trinta mil outros Kikuyus, considerados menos arriscados, foram deportados de volta para as reservas.» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, p 552.

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