Bico calado
- 20 pessoas lesadas em milhares de
euros por Pedro Arroja,
economista, professor universitário, e mandatário nacional do CHEGA para as
eleições legislativas de 2022. Em meados da década de 2000, Arroja tornou-se
diretor executivo de uma empresa de investimentos de risco em ativos
financeiros. Os investimentos acumularam-se e a maioria dos investidores
particulares limitava-se a assinar e a depositar o seu dinheiro para que o
gestor de carteira o fizesse render. Assim que bateu a crise financeira de
2008, a empresa registou uma queda de 350 mil euros anuais. Os contratos
com os investidores foram rescindidos unilateralmente, à revelia da lei.
Esfumaram-se. Dezenas de pessoas perderam milhares de euros em investimentos. A
CMVM não soube, o Banco de Portugal não tinha de saber, os clientes não foram
informados e Pedro Arroja nunca foi responsabilizado. Afinal, o que falhou? Ana Patrícia Silva, Setenta e Quatro.
- A
PharmaContinente – Saúde e Higiene, S. A., detentora das lojas Wells, pretende
alterar os horários dos trabalhadores para jornadas de 10 horas, num regime de
horários concentrados, denuncia o CESP.
- O 'Lado Negro
de Davos': o aumento da procura de profissionais do sexo por parte da elite mundial. TYLER DURDEN, ZeroHedge.
- Fabricantes da
vacina da Covid-19 pressionaram o Twitter para censurer ativistas defensores de
vacina genérica. A campanha de pressão mediática foi apenas uma parte da bem
sucedida campanha de lóbi da indústria farmacêutica para reter patentes e obter
lucros recorde. Lee Fang, The Intercept.
- «A
agressão implacável a civis começou com prisões e detenções sem julgamento
combinadas com a remoção forçada de Kikuyus que estavam nas Terras Altas
Brancas. Os funcionários coloniais enfiaram milhares em vagões e camiões e
enviaram-nos de volta para as reservas. Na Primavera de 1953, o volume de
pessoas deslocadas internamente era espantoso, e membros do Conselho
Legislativo do Quénia comentaram repetidamente que a "gota [de
repatriados] tornou-se uma corrente". Em poucos
meses, o governo deslocou mais de cem mil Kikuyus através de campos de
trânsito. Muitos definharam com saneamento inadequado, água limpa e rações, uma
vez que os funcionários descobriram como voltar apertá-los em reservas
sobrelotadas. Erskine acreditava que "uma falha da lei e da ordem"
tinha dominado Nairobi, que "se tinha tornado a principal base de
abastecimento Mau Mau a partir da qual os terroristas obtinham recrutas,
dinheiro, mantimentos e munições". No início da manhã de 24 de Abril de
1954, lançou a Operação Anvil, uma repetição de demonstrações de força
semelhantes à da Palestina como a Operação Shark. O general destacou vinte e
cinco mil membros das forças de segurança, que isolaram a cidade para uma purga
setor por setor de africanos para livrar Nairobi de quaisquer suspeitos de
simpatizantes Mau Mau. As equipas de interrogatório identificaram os que se
destinavam à remoção. Os observadores descreveram a operação como "tipo Gestapo"
e quando Erskine a declarou um sucesso, as suas forças tinham enfiado mais de
vinte mil suspeitos Mau Mau enjaulados em camiões em direção a Langata Camp,
onde foram classificados usando os códigos de cores agora típicos nas operações
de contrainsurgência do império. Trinta mil outros Kikuyus, considerados menos
arriscados, foram deportados de volta para as reservas.» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the
British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, p 552.
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