Bolsonaro prometeu vender empresas estatais se fosse reeleito. O governo conservador britânico estava a apoiá-lo através de uma ajuda de 25 milhões de libras para "aumentar as oportunidades de negócio no Brasil" para as empresas britânicas e impulsionar a "liberalização do mercado do gás".
O projeto de ajuda do Reino Unido, que termina do próximo ano, foi dividido em quatro partes, sendo o setor da energia orçamentado em 25 milhões de libras, perto de metade do total. O seu objetivo era "abrir os mercados energéticos do Brasil", com enfoque no petróleo e gás. A "abertura" é um eufemismo frequentemente utilizado para descrever a privatização.
O Reino Unido viu o advento do governo Bolsonaro logo
após o início do programa como uma bênção para os objetivos britânicos. Sublinhava-se
que o programa tinha "sofrido mudanças consideráveis no contexto político,
como resultado de mudanças de governo no Brasil".
"As políticas do governo brasileiro mudaram ou
tornaram-se mais claras", diz o documento. Sob o regime Bolonaro
"houve um maior impulso às reformas económicas liberais", e o
presidente tinha iniciado "um impulso à reforma do setor energético".
O esforço de privatização de Bolsonaro proporcionou uma enorme oportunidade para os investidores britânicos e outros investidores estrangeiros. Este projeto de ajuda do Reino Unido tinha mesmo "começado a contribuir para ganhos comerciais específicos" para empresas britânicas no Brasil, incluindo um investimento britânico de 22 milhões de libras esterlinas em energia e um importante contrato no Brasil para uma empresa de água sediada na Cornualha.
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