sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Bico calado

 

  • A declaração de Balfour de 1917 preparou o terreno para o roubo e a limpeza étnica dos palestinianos nas décadas que se seguiram e que estão em curso atualmente. A Declaração Balfour recebeu o nome do político britânico Arthur James Balfour, um supremacista branco que é hoje venerado pela Grã-Bretanha. Como primeiro-ministro, Balfour aprovou a Lei dos Estrangeiros em 1905, uma legislação explicitamente anti-imigração, concebida para bloquear a entrada na Grã-Bretanha de refugiados judeus que fugiam de pogroms.  Conhecido como "Bloody Balfour" pelo seu governo brutal na Irlanda até 1891, Balfour afirmou: "Toda a civilização na Irlanda é obra da Inglaterra".  Há um desenho chamado "Ireland wrestles with famine while Balfour plays golf" [A Irlanda debate-se com a fome enquanto Balfour joga golfe], que sintetiza a sua reputação lá. Em 1906, Balfour argumentou contra dar o voto aos Negros na África do Sul: "Os homens não nascem iguais, as raças branca e negra não nascem com capacidades iguais: nascem com capacidades diferentes que a educação não pode e não vai mudar". Para mais informações sobre a Declaração de Balfour, recomendo a leitura do livro "The Balfour Declaration Empire, the Mandate and Resistance in Palestine", de Bernard Regan".
  • “A Europa não inclui a Rússia (por ordem de Ursula Van der Leyen), mas inclui Israel. O Benfica vai jogar em Israel para a liga dos Campeões Europeus. Israel, em termos políticos, é uma completa construção da Europa e dos Estados Unidos, mas não é Europa, ou não parece que seja, como a Austrália ou a Nova Zelândia não são. Em termos culturais é um lugar de culturas do Médio Oriente, do Norte de África, da Europa Oriental, da Europa Ocidental. Sendo isto, Israel é um estranhíssimo corpo enxertado à força de interesses e dinheiro na Europa! Israel é Europa, mas não se situa na Europa, mas no Médio Oriente. Os povos do Médio Oriente, semitas, persas, otomanos, egipcios, caldeus nunca fizeram parte da Europa, nunca foram europeus, exceto os judeus que foram instalados na Palestina (um protetorado inglês) após a IIGM (uma das hipóteses para instalar o novo Estado de Israel foi Angola - e teríamos então Israel a vir do Lubango (a Nova Jerusalém), jogar os Campeões europeus em Londres, ou Paris, ou Berlim! Mas os Estados Unidos decretaram na divisão do mundo com a Rússia que Israel passava a ser Europa Ocidental! A Europa Ocidental nem piou: os israelitas são europeus, Yes Sir.  Sendo Europeu, Israel é o único Estado europeu onde vigora o apartheid religioso, os semitas judeus são israelitas, os semitas crentes do islão são palestinianos! A "democracia" de israel é exatamente igual à "democracia sulafricana do apartheid" onde havia partidos para brancos e um partido para negros com Parlamento e tudo, na cidade do Cabo. Mas os negros não podiam circular na cidade dos brancos sem passar por controlo dos brancos, como os palestinianos para entrarem nas cidades dos israelitas judeus. Israel é um estranho estado europeu: É uma potencia nuclear, como a França e o Reino Unido, mas clandestina. A principal relação comercial do "estado europeu de Israel" são os Estados Unidos - e não os países da União Europeia. A principal exportação de Israel são diamantes, que Israel não extrai do seu território. Israel é também a única democracia "europeia" que está em conflito com todos os vizinhos: o Líbano, a Siria, o Egito, e um pouco mais além o Irão, o Iraque.  Israel é neste momento a única "democracia europeia" que tem serviço militar obrigatório e que não cumpre as resoluções das Nações Unidas.  E é neste estranhíssimo “Estado europeu" que o Benfica joga para a Taça dos Campeões Europeus! O curioso é que tudo isto nos parece normal!” - Carlos Matos Gomes.
  • As empresas transferiram custos mais elevados para os clientes. Mas também tiraram partido das circunstâncias para expandir as margens de lucro, alimentando a inflação. Paul Donovan, da UBS Global Wealth Management. Fonte.

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