terça-feira, 4 de outubro de 2022

Bico calado

  • A Venezuela libertou 7 norte-americanos como parte da maior troca de prisioneiros sob o regime de Biden. NPR. Steven Donziger: ‘Biden esforçou-se imenso para libertar executivos petrolíferos de uma prisão venezuelana, ignorando um advogado climático norte-americano detido injustamente no seu próprio país durante 993 dias. Eu sobrevivi a essa detenção. A hipocrisia é que mata. 
  • Uma colona judia israelita tocou música, cantou e dançou no complexo da Mesquita de Al Aqsa durante uma rusga israelita ao local sagrado muçulmano. As forças de ocupação israelitas e a polícia militar forneceram proteção aos colonos durante a incursão. Isto aconteceu quando os chamados grupos do "Monte do Templo" anunciaram um prémio de 500 shekel ($140) para cada judeu que tocasse trompete dentro da Mesquita Al-Aqsa. MEM.

  • «A eleição do Presidente Álvaro Uribe em agosto de 2002 favoreceu o reforço das relações com Londres. Como grande latifundiário, Uribe foi implicado em massacres de líderes camponeses e sindicais quando era governador do estado em meados da década de 1990. Sob a sua presidência, o nível de assassinatos políticos duplicou, noticiava a imprensa em finais de 2003. (…) Neste contexto, o governo britânico invocou o pretexto padrão para aumentar o apoio a regimes repressivos - a situação dos direitos humanos melhorou. Em março de 2004, o ministro dos Negócios Estrangeiros Bill Rammell observava 'melhorias' e 'alguns resultados impressionantes em algumas áreas dos direitos fundamentais'. Apenas seis meses antes, em setembro de 2003, 80 organizações de direitos humanos tinham acusado Uribe de promover o terror de Estado contra civis. Em junho de 2003, o governo de Blair realizou em Londres uma reunião de doadores internacionais cuidadosamente orquestrada que declarou admiração pelo progresso de Uribe em matéria de direitos humanos. Ignorava-se assim os relatórios das ONGs colombianas e internacionais segundo os quais as violações tinham aumentado, e da Comissão Colombiana de Juristas, que relatou que no primeiro ano de governo de Uribe tinham ocorrido quase 7.000 assassinatos e "desaparecimentos" políticos, situação pior do que a média durante os quatro anos anteriores da presidência de Pastrana. A Grã-Bretanha abria assim a porta para a Colômbia receber uma nova vaga de empréstimos internacionais.» Mark Curtis, Unpeople, Britains’s secret human rights abuses – Vintage 2004, pp 146-147.

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