terça-feira, 21 de junho de 2022

Bico calado

  • Portugal na cauda da UE no acolhimento a refugiados. Relatório do Asilo 2022 mostra que Portugal é dos países que menos refugiados acolhem. Público 20jun2022.
  • A Austrália anunciou um acordo de 555 milhões de euros com o Grupo Naval francês como compensação pela resolução de um contrato de submarinos com Paris. Yahoo News.
  • O Reino Unido não é pioneiro em desembaraçar-se de refugiados para países terceiros. A Austrália começou a fazer isso em 2001, Israel em 2014, a Dinamarca em 2021. A União Europeia apoia indirectamente programas de asilo offshore como parte de esforços mais amplos para impedir a vinda de refugiados através do Mediterrâneo. A UE pagou à Turquia milhares de milhões de dólares para impedir os refugiados de chegarem à Grécia, e financiou a Guarda Costeira Líbia, que empurra os barcos de migrantes com destino à Europa para o Norte de África. Está também a ajudar a financiar centros geridos pela ONU no Níger e no Ruanda para processar os requerentes de asilo. Ao abrigo de um programa da ONU denominado "Mecanismo de Trânsito de Emergência", mais de 3.000 pessoas dos centros de detenção líbios que se dirigiam para a Europa foram transferidas para o Níger. MEM.

O único crime de Julian Assange. 

  • Assim vai o mundo, visto pelos "comentadores". Foicebook.
  • «Temos de ter isto em mente: a América, tal como Israel, preza os inimigos. Sem inimigos, os Estados Unidos parecem ser uma nação sem propósito e objetivo moral. Os vários gestores do Estado de Segurança Nacional precisam de inimigos para protegerem os seus empregos, justificarem os seus gordos orçamentos, engrandecerem a sua visão de uma missão, enviarem camiões carregados de dinheiro dos contribuintes às empresas para as quais os gestores vão trabalhar depois de deixarem o serviço governamental. Compreendem muito bem a necessidade de inimigos. Eis o Cl. Denis Long, falando em 1993, logo após o fim da Guerra Fria, quando era diretor da "prontidão total das forças armadas" em Fort Knox: "Durante 50 anos, equipámos a nossa equipa de futebol, treinámos cinco dias por semana e nunca jogámos um jogo. Tínhamos um inimigo claro com qualidades demonstráveis, e tínhamo-las descartado. Agora teremos de praticar dia após dia sem saber nada sobre a outra equipa. Não temos o seu plano de jogo, não sabemos onde está o estádio, nem quantos tipos ela terá em campo. Isto é muito angustiante para o sistema militar, especialmente quando se tenta justificar a existência da sua organização e dos seus sistemas.’» William Blum, America’s deadliest export – Zed Books 2014, pp102-103

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