sexta-feira, 1 de abril de 2022

França: Greenpeace denuncia irresponsabilidade dos candidatos pró-nuclear nas presidenciais

  • Vários ativistas da Greenpeace foram detidos depois de entrarem no local de construção do reator EPR em Flamanville para denunciar a irresponsabilidade dos candidatos pró-nuclear nas eleições presidenciais francesas. RTL.
  • O primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que os parques eólicos em terra podem não desempenhar um papel importante na sua próxima estratégia energética."As energias renováveis são fantásticas e as eólicas offshore - e eu sublinho eólicas offshore - penso que tem um enorme potencial. Mas o nuclear também", disse numa comissão do Parlamento. Os aliados de Johnson dizem que ele ainda estava "aberto a ponderar as eólicas em terra”, mas acrescentam que muitos deputados conservadores não apoiam a sua expansão devido a uma percepção da oposição local em território predominantemente conservador. Simon Nixon argumenta que os planos de Boris Johnson de construir pelo menos seis ou sete novas centrais nucleares é a estratégia errada para satisfazer a necessidade do governo de garantir a segurança energética do Reino Unido, baixar as contas públicas e atingir a sua meta de zero. Ele escreve: "O historial do Reino Unido na construção de centrais nucleares é quase tão terrível como o seu historial na construção de pontes de jardim. Os planos para uma nova frota de reatores nucleares foram anunciados pelo governo de Blair em 2006. Seis locais foram depois identificados pelo governo de Cameron. No entanto, todos eles, excepto um, foram entretanto suspensos ou abandonados, dois deles pelo atual governo quando decidiu no ano passado que já não estava disposto a aceitar acionistas chineses nos projectos. Mesmo que estes recebessem luz verde amanhã, leva pelo menos oito anos a construir uma nova central nuclear. E o único proponente da obra é uma empresa francesa, a EDF, que está quase dez anos atrasada em Hinckley Point". Fontes: Financial Times e The Times.
  • O Estado espanhol já foi condenado a pagar 1,042 milhões de milhões de euros em 18 casos como compensação aos investidores. Isto é cinco vezes mais dinheiro da despesa pública para proteger os cidadãos do aumento dos preços da energia. Quem está por detrás dos 50 processos judiciais contra Espanha: fundos de investimento especulativos cujo único objetivo é maximizar os seus lucros. "O Tratado da Carta de Energia é uma apólice de seguro completa para fundos como Azora", dizem os Ecologistas en Acción.
  • O Supremo Tribunal Federal do Brasil iniciou o julgamento de um conjunto de ações que contestam mudanças e omissões por parte do governo federal na proteção do meio ambiente e no combate às alterações climáticas. Juristas e ambientalistas esperam que a análise desses casos estabeleça um precedente de atuação do Judiciário em matérias ambientais, abrindo espaço para que os tribunais passem a atuar com mais frequência no âmbito das políticas públicas de meio ambiente e clima no Brasil. ClimaInfo.

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