quarta-feira, 7 de julho de 2021

Bico calado

  • «Aquando do golpe de estado contra Goulart, os Estados Unidos tinham no Brasil a sua maior embaixada do mundo. Lincoln Gordon que era o embaixador, reconheceu perante um jornalista, treze anos mais tarde, que o seu governo financiada há muito tempo as forças que se opunham às reformas: “Que diabo”, disse Gordon, “Isso era mais ou menos um hábito naquele período (…) período. A CIA estava habituada a dispor de fundos politicos”. [Veja nº 444, São Paulo, 9 de Março de 1977] Na mesma entrevista, Gordon explicou que nos dias do golpe, o Pentágono deslocou um enorme porta-aviões e 4 navios-tanques para as costas brasileiras “para o caso de as forças contra Goulart pedirem a nossa ajuda”- Essa ajuda, disse, “não seria apenas moral. Daríamos apoio logístico, abastecimentos, munições, petróleo.» Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina (1971) – Antígona 2017.
  • Benefícios fiscais a estrangeiros aumentam 44% e atingem valor recorde de 900 milhões de euros em 2020. Eco.
  • O Reino Unido tem um destacamento secreto de cerca de 30 militares no Iémen, onde estão a treinar forças sauditas no meio da pior catástrofe humanitária do mundo. O pessoal britânico estará baseado no aeroporto de Al-Ghaydah, na província de Mahra, no leste do Iémen, onde a Human Rights Watch diz que as forças sauditas dirigem um campo de prisioneiros no qual os detidos são sujeitos a tortura e rendição extraordinária. Naseh Shaker, Phil Miller e Mark Curtis, Declassified UK.
  • O ex-comandante da Força Aérea da Bolívia, o general Jorge Gonzalo Terceros Lara e o ex-comandante da Marinha Gonzalo Jarjuri Rada foram detidos por suspeita de estarem implicados no afastamento de Evo Morales do poder em Novembro de 2019. Com estas detenções, já são cinco os militares de alta patente detidos no âmbito das investigações ao alegado golpe de Estado contra Evo Morales. Público 5jul2021.
  • «(…) Dizer que a guerra em Angola começou com os massacres do 15 de Março e não com a rebelião do 4 de Fevereiro em Luanda e as represálias que se lhe seguiram ajuda à narrativa da violência legítima, como se tivessem sido os independentistas a provocar a guerra.» Manuel Loff, 1961: quando começou a guerra? – Público 6jul2021.

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