Brasil: CPP publica relatório dos conflitos socioambientais e violações de direitos humanos em comunidades pesqueiras
- O Supremo Tribunal dos EUA decidiu que não permitirá que
os estados de Wyoming e Montana processem o Estado de Washington por ter negado
uma licença chave para construir uma doca de exportação de carvão para a Ásia.
Em 2017, o Departamento de Ecologia do Estado de Washington negara uma licença
para a doca de exportação, afirmando que a instalação no rio Columbia causaria
danos ambientais inevitáveis e irreparáveis. Mead Gruver, AP.
- O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) lançou
o Relatório dos Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos
em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil. A segunda edição da
publicação do CPP regista dados de 434 conflitos vivenciados por comunidades
pesqueiras em 14 estados do Brasil em 2018 e 2019. O principal objetivo do
Relatório é dar visibilidade às ameaças que impactam e colocam em risco o modo
de vida dos pescadores e pescadoras artesanais. Vítimas diretas dos maiores crimes ambientais
ocorridos no Brasil nos últimos 6 anos, que vão do colapso da Barragem de
Mariana em 2015, ao derrame do Petróleo no litoral do Nordeste e de parte do
Sudeste do Brasil, em 2019, os pescadores e pescadoras artesanais e os impactos
dessas tragédias nas suas vidas continuam invisibilizados. Falta de acesso ao
território foi o tipo de conflito mais relatado nos dados recolhidos. A restrição de acesso significa o impedimento dos
pescadores e pescadoras artesanais de exercerem a profissão, já que praias,
rios e lagos são cercados e ficam fechados para a entrada dos profissionais da
pesca. Além desse tipo de situação, mais 19 categorias de conflitos foram
relatadas na pesquisa, entre eles, desmatamento, especulação imobiliária e
pesca predatória. Bahia é o estado em que houve o maior registo de conflitos,
seguido por Minas Gerais e Pernambuco. O Relatório também revela os
principais agentes causadores desses conflitos. As Empresas Privadas lideram o
ranking como responsáveis por 24% dos conflitos relatados e são seguidas por
Agentes Privados, que aparecem em 21% dos casos. Em 66% dos casos, os conflitos
têm mais de 10 anos. EcoDebate.
- O ministério do Ambiente australiano autorizou duas
minas de carvão do Vale de Latrobe, em Victoria, para despejar água para um rio próximo, após
inundações recentes terem desencadeado preocupações com o colapso de uma parede
da mina. Igual licença foi atribuída ao proprietário da mina de Hazelwood, encerrada
em 2017, para libertar água extra da sua lagoa. Em 17 de Junho, o governo de
Victoria declarou uma emergência energética após a mina de Yallourn ter
revelado fissuras significativas na parede do desvio do rio Morwell, que
atravessa a mina. Tudo isto depois e grandes inundações na região há cerca de três
semanas, com preocupações de que as fissuras pudessem levar ao colapso da
parede de desvio de Yallourn. A mina for a fechada durante mais de seis semanas
em 2012 devido a inundações, que custaram milhões de dólares e quase dois anos
para serem reparadas. O vice-presidente da Gippsland Lakes Recreational Fishing
Alliance, Rob Caune, disse que permitir que as duas empresas libertassem água
extra, que acabaria nos Gippsland Lakes, era muito preocupante. "Penso ser razoável pedir-lhes que contribuam para
reabilitar ou remediar alguns dos danos que estas descargas vão causar nos
Gippsland Lakes", disse. Emma Field e
Madeleine Spencer, ABC.
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