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domingo, 7 de março de 2021
França inicia reconciliação com Argélia sobre impactos dos testes nucleares
O historiador francês Benjamin Stora apresentou um
relatório encomendado pelo presidente francês Emmanuel Macron com o objetivo de
reconciliar as memórias entre a França e a Argélia, considerada pela França
como a jóia do seu império colonial durante mais de 130 anos. O Relatório Stora
aborda várias cicatrizes da Guerra da Independência da Argélia (1954 a 1962),
uma luta sangrenta pela descolonização que enfrentou repressão selvagem pelas
tropas francesas. Uma dessas controvérsias centra-se no uso do Saara argelino
para o desenvolvimento de armas nucleares. Entre 1960 e 1966, a França detonou
17 engenhos nucleares no Saara argelino: quatro explosões atmosféricas durante
a Guerra da Argélia e outras 13 no subsolo, a maioria após a Independência da
Argélia. O Relatório Stora sublinha que as consequências
radioativas da Guerra da Argélia continua a ser um espinho entre as duas
nações. Mas o documento não apresenta um caminho claro para a reconciliação
nuclear.Austin R.
Cooper, The Bulletin.
O Tribunal Distrital de Fukushima rejeitou as pretensões
de uma ação movida por famílias que viviam no município na época do acidente na
central nuclear de Fukushima No. 1 da Tokyo Electric Power Company, alegando não
terem sido tomadas medidas para evitar que a radiação atingisse os seus filhos.
NHK, via Nuclear News.
Dez anos após o pior acidente nuclear desde Chernobyl, as
zonas do Japão identificadas para limpeza do colapso do reator da central
nuclear de Fukushima Dai-Ichi continuam contaminadas, alerta um relatório do
Greenpeace. Em média, apenas 15% das zonas incluídas na "Área de
Descontaminação Especial" foram limpas e em grande parte descontaminadas,
dizem os dados governamentais. Porém, a Greenpeace garante que as suas próprias
pesquisas de radiação conduzidas na última década encontraram leituras
consistentemente acima dos níveis referidos pelo governo, incluindo em áreas
que foram reabertas ao público. O levantamento das ordens de evacuação em
locais onde a radiação permanece acima dos níveis seguros pode expôr as pessoas
a um grande risco de cancro, diz o relatório. Por isso, a Greenpeace recomenda
a suspensão da atual política de regresso, que ignora análises de base científica,
incluindo potenciais riscos de exposição ao longo da vida para a população. Aaron Clark,
Bloomberg.
Cronologia dos acontecimentos após o terramoto/tsunami e
catástrofe nuclear de Fukushima, segundo a Reuters.
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