Bico calado
- O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto
Santos Silva, esteve em Moçambique em missão da UE na sequência de um pedido de
cooperação de Maputo face à violência armada atribuída a grupos islâmicos
extremistas. Joana Haderer, Lusa/EurActiv.
- «(…) Na União Europeia alimenta-se a esperança de se
voltarem aos tempos da harmonia transatlântica, que volte a dar gás à
globalização e facilite os negócios dos grandes grupos económicos, por muito
que sejam sobretudo os alemães a com eles beneficiarem. Ursula van der Layen
até já sugeriu ser garantida de livre vontade a tal canalização dos 2% do
orçamento de cada país para a NATO, reticentemente aceite quando Trump a
exigiu. Quer isto dizer que podemos não ter suficientes recursos financeiros
para fortalecermos o Serviço Nacional de Saúde ou dar á Cultura a importância,
que merece, mas de Bruxelas virão as pressões suficientes para que Portugal
canalize verbas para uma organização de que não recolhe qualquer benefício.(…)»
Jorge rocha, É melhor ter Biden na Casa Branca, mas não alimentemos ilusões
– Ventos Smeados.
- O partido trabalhista britânico contratou um ex-espião
israelita. A sua missão é promover a boa imagem dos Trabalhistas de modo a
vencerem as eleições. Ironicamente, este assessor foi contratado em 2019 pelos
Trabalhistas israelitas para fazer o mesmo, mas os resultados foram
desastrosos, deixando os Trabalhistas com apenas 6 lugares no parlamento.
Sabe-se, entretanto, que o partido trabalhista britânico recebeu uma doação de
62 mil dólares de um lobista milionáro pró-israel. Asa
Winstanley, EA.
- Lembremo-nos do que Snowden nos disse. Cuidado com o
projeto de lei de "terrorismo doméstico" de Biden. O Estado já tem
poderes de vigilância divinos. Rod Dreher, The American Conservative. Convirá ver Citizenfour, documentário de Laura Poitras.
- A paisagem infernal distópica do aprendizado em linha. A
tecnologia estreitou o horizonte das nossas capacidades imaginativas e mais
tecnologia não vai resolver nada. Will Collins, The American Conservative.
- «(…) O que eles pretendem — exatamente como fizeram os
fascistas nos anos 1920 e 30 — é responsabilizar a democracia pelo mal-estar social. Eles
(Ventura, Bolsonaro, Salvini, Abascal...), que fizeram todo o seu percurso político
dentro do que eles próprios chamam o sistema e do aparelhismo da direita, e que
apoiaram tudo quanto significou retirar recursos àquilo que assegura um mínimo
de bem-estar aos mais pobres para os dar aos mesmos ricos
que financiam hoje as suas campanhas; eles, que falam da corrupção e se rodeiam
de corruptos, que denunciam a insegurança nas ruas e a promovem eles próprios,
ameaçando adversários políticos, atacando imigrantes, minorias étnicas, reivindicando
a impunidade para os crimes de violência policial — martelam há anos que o
problema está na democracia e que, lei fundamental dela, é necessário mudar de
Constituição.(…)» Manuel Loff, A democracia depois de domingo – Público 19jan2021.
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