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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Bico calado

  • O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, esteve em Moçambique em missão da UE na sequência de um pedido de cooperação de Maputo face à violência armada atribuída a grupos islâmicos extremistas. Joana Haderer, Lusa/EurActiv.
  • «(…) Na União Europeia alimenta-se a esperança de se voltarem aos tempos da harmonia transatlântica, que volte a dar gás à globalização e facilite os negócios dos grandes grupos económicos, por muito que sejam sobretudo os alemães a com eles beneficiarem. Ursula van der Layen até já sugeriu ser garantida de livre vontade a tal canalização dos 2% do orçamento de cada país para a NATO, reticentemente aceite quando Trump a exigiu. Quer isto dizer que podemos não ter suficientes recursos financeiros para fortalecermos o Serviço Nacional de Saúde ou dar á Cultura a importância, que merece, mas de Bruxelas virão as pressões suficientes para que Portugal canalize verbas para uma organização de que não recolhe qualquer benefício.(…)» Jorge rocha, É melhor ter Biden na Casa Branca, mas não alimentemos ilusõesVentos Smeados.
  • O partido trabalhista britânico contratou um ex-espião israelita. A sua missão é promover a boa imagem dos Trabalhistas de modo a vencerem as eleições. Ironicamente, este assessor foi contratado em 2019 pelos Trabalhistas israelitas para fazer o mesmo, mas os resultados foram desastrosos, deixando os Trabalhistas com apenas 6 lugares no parlamento. Sabe-se, entretanto, que o partido trabalhista britânico recebeu uma doação de 62 mil dólares de um lobista milionáro pró-israel. Asa Winstanley, EA.
  • Lembremo-nos do que Snowden nos disse. Cuidado com o projeto de lei de "terrorismo doméstico" de Biden. O Estado já tem poderes de vigilância divinos. Rod Dreher, The American Conservative. Convirá ver Citizenfour, documentário de Laura Poitras.
  • A paisagem infernal distópica do aprendizado em linha. A tecnologia estreitou o horizonte das nossas capacidades imaginativas e mais tecnologia não vai resolver nada. Will Collins, The American Conservative.
  • «(…) O que eles pretendem — exatamente como fizeram os fascistas nos anos 1920 e 30 — é responsabilizar a democracia pelo mal-estar social. Eles (Ventura, Bolsonaro, Salvini, Abascal...), que fizeram todo o seu percurso político dentro do que eles próprios chamam o sistema e do aparelhismo da direita, e que apoiaram tudo quanto significou retirar recursos àquilo que assegura um mínimo de bem-estar aos mais pobres para os dar aos mesmos ricos que financiam hoje as suas campanhas; eles, que falam da corrupção e se rodeiam de corruptos, que denunciam a insegurança nas ruas e a promovem eles próprios, ameaçando adversários políticos, atacando imigrantes, minorias étnicas, reivindicando a impunidade para os crimes de violência policial — martelam há anos que o problema está na democracia e que, lei fundamental dela, é necessário mudar de Constituição.(…)» Manuel Loff, A democracia depois de domingo – Público 19jan2021.

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