domingo, 10 de maio de 2020

Bico calado

  • «O confinamento já não me assusta coisa nenhuma, e o vírus também não me assusta. Se vier, vem, se me matar, matou. Não me importa. O que me assusta enormemente, de um modo que me tira a respiração, é a maneira como, em todo o mundo, os cidadãos aceitam a falta de liberdade. Se um dia destes um governo anunciar que há um enorme perigo e que vem aí outro vírus, as pessoas dizem adeus à liberdade, não querem saber de nada! É um medo tão estranho. As pessoas saíram de si, e não pensam no futuro, nem nada, nem numa tragédia que pode ser uma ditadura. Perdemos a liberdade em três ou quatro dias e ninguém se queixa. Eu fico assustado. Isso para mim é tão estranho e tão fora do natural, que me pergunto se o mundo endoideceu?! E tenho medo, acredite que tenho medo!» Rentes de Carvalho à RR.
  • As multinacionais que receberem dinheiro de emergência da União Europeia durante a crise da covid-19 terão que reportar como usam o dinheiro dos contribuintes, mas não serão obrigadas a investir no esverdeamento dos seus projetos. EurActiv.
  • A HCA Healthcare está a usar a pandemia de coronavírus para atrasar e prejudicar uma eleição sindical para 1.600 enfermeiras na Carolina do Norte. Para tal contratou profissionais a 400 dólares por hora para realizar reuniões no Hospital Mission em Asheville, instando os enfermeiros a oporem-se a sindicalizarem-se. E enquanto a empresa arrecada 4,7 mil milhões de dólares em benefícios do CARES Act, o número de casos de covid-19 na Carolina do Norte continua a crescer, e as enfermeiras dizem que tiveram que lutar por equipamentos básicos de proteção pessoal. Matthew Cunningham-Cook e Jonathan Michels, na The Intercept.
  • Os militares que trabalham na força-tarefa humanitária de amparo a refugiados venezuelanos, em Roraima, estão-se expondo à covid-19 como forma de se imunizarem contra a doença. Fazem isso por ordem do general Antônio Manoel de Barros, comandante militar da operação Acolhida. The Intercept.
  • A Royal Caribbean e a Carnival Cruise Line, duas das principais linhas de cruzeiros do mundo, são alvo de investigações e processos judiciais por anomalias na gestão da covid-19. EcoWatch. Apesar de tudo, o negócio dos cruzeiros segue em frente, em Gibraltar.
  • Em Singapura, cão robô lembra transeuntes para manterem o distanciomanto, conta o Straits Times.

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