quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Bico calado

  • «(…) O que surpreende é a existência de uma associação ‘sindical’ de juízes, e o que se torna inaceitável é ver os seus dirigentes a chantagear o Governo e a ameaçar com uma greve, como se os membros de um órgão da soberania pudessem comportar-se como normais assalariados. Se assim é, há motivo para que o Governo proceda à requisição civil, uma anomalia equivalente na subversão das regras democráticas. (…) É de enorme perplexidade a informação de hoje, no JN, pág. 16, do jornalista Nelson Morais: “A tutela já aceita acabar com o teto legal que impede os juízes de ganharem mais do que o primeiro-ministro”. E o País aceita? E o sentido de Estado permite? (…)» Carlos Esperança, FB.
  • «A divulgação de várias mensagens do WhatsApp em que o porta-voz do PP espanhol no Senado, Ignacio Cosidó, se gaba de que a nomeação do juiz Marchena como presidente do Conselho Geral do Judiciário e do Supremo Tribunal permitiria ao PP ter o controle "de trás" da sala 2 do Tribunal desencadeou o escândalo. Ou, de fato, evidenciaram o que todos já sabiam: os acordos por baixo da mesa feitos pelos partidos do regime para controlar a "casta judicial", semelhante aos seus próprios interesses. O líder popular gabava-se de que, em resultado do acordo com o PSOE, o seu partido continuaria "a controlar a segunda sala de trás" [a Câmara que pode julgar deputados, senadores e membros do governo] e presidir a sala 61 [a Câmara que pode condenar partidos políticos].» Extremadura Progressista.
  • Afinal, a imagem do ditador Franco como paladino da abnegação, da austeridade edo sacrifício não passa de propaganda de hagiógrafos do regime. De facto, documentos secretos divulgados pela Equipo de Investigación de La Sexta mostram que o ditador arrecadou uma imensa fortuna que só a corrupção e o espólio justificam. Houve de tudo: contas bancárias secretas à margem do fisco, quintas em todo o país, prendas, prebendas e caprichos megalómanos. Via Extremadura Progressista.
  • A União Europeia vai pagar 125 milhões de euros ao consórcio franco-canadiano Amarante Internacional/Garda World por seis anos de segurança das suas instalações e pessoal no Afeganistão, um país ocupado pela NATO. Mas a execução do serviço vai ser subcontratada ao exército privado britânico Aegis Defense, subsidiária da Garda. José Goulão/Pilar Camacho, in O Lado Oculto.
  • Israel recusa subscrever um pacto global por uma migração regular, serena e segura. «Estamos empenhados em manter as nossas fronteiras livres de infiltrados ilegais. Foi o que fizemos e é o que continuaremos a fazer. Israel não está interessado em ser um parceiro neste pacto. Israel tem que seguir uma política especial de migração ditada pelas suas circunstâncias de ser um pequeno estado que visa manter a sua nacionalidade judaica.» O Pacto Global para uma Migração Segura deverá ser adotado pela Conferência Intergovernamental agendada para 10 e 11 de dezembro em Marrakesh. Middle East Monitor.

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