terça-feira, 28 de agosto de 2018

Bico calado

  • «Desde o início da operação Liberdade Duradoura, isto é, a invasão do Afeganistão pela NATO, em Outubro de 2001, a produção anual de ópio para fabrico de heroína e outras drogas ilícitas neste país cresceu entre 4000 a 4500%, alimentando um tráfico com lucros de um bilião de dólares que terá provocado a morte de mais de um milhão de pessoas. Os dados são de várias organizações internacionais, entre elas a United Nations Office Drugs and Crime, agência da ONU para a droga e o crime. (…) mais de dezena e meia de senhores da guerra e do narcotráfico têm lugar no Parlamento “democratizado” de Kabul, nascido de eleições grosseiramente falsificadas – mas consideradas válidas pelos ocupantes.» José Goulão, in O Lado Oculto.
  • O presidente da campanha presidencial de Trump em 2016, Paul Manafort, foi considerado culpado de fraude. No mesmo dia, o seu ex-advogado, Michael Cohen, declarou-se culpado de violações de fraude e financiamento de campanhas. Manafort mentiu aos bancos para obter milhões de dólares em empréstimos pessoais e escondeu milhões em ganhos das Finanças dos EUA. Ele escondeu esse dinheiro através da criação de empresas anônimas. Essas empresas receberam pagamentos de empresários ucranianos e trasnferiram-nos para contas bancárias pessoais de Manafort como se fossem empréstimos em vez de rendimento.
  • «(…) Não sabemos como isto vai acabar, mas uma coisa é certa: não teríamos chegado tão longe se Orbán não tivesse aliados tão poderosos em Bruxelas e em certas capitais da UE. Acima de tudo, Orbán tem contado nos últimos anos com o apoio do Partido Popular Europeu, PPE, de que fazem parte os partidos portugueses PSD e CDS. Como pode um partido europeu que se reclama da democracia-cristã aceitar no seu seio um líder político que se recusa a alimentar detidos sob a sua responsabilidade? (…) É preciso que militantes e políticos desses partidos, jornalistas, adversários noutros partidos políticos e o público em geral comecem a perguntar sistematicamente a Rio e a Cristas: como podem admitir ter no mesmo partido europeu alguém que se recusa a alimentar requerentes de asilo para os pressionar a não usar o seu direito de recurso judicial? Não há vergonha?» Rui Tavares, in Um silêncio vergonhoso de Rio e Cristas - Público 27ago2018.

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