Subsídios recebidos pelos Capacetes Brancos, reportados a outubro de 2016.
Info captada aqui.
Capacetes Brancos homenageados em Fafe pedem mais firmeza à ONU para evitar novo desastre humanitário.
Já em 5 de março passado, o restaurante Mezze disponibilizou-se para cenário de angariação de fundos para os Capacetes Brancos.
Este súbito movimento de apoio aos Capacetes Brancos é muito estranho. Em março de 2017, o Guardian levantava uma ponta do véu que sobre o bilião de libras concedido pelo britânico Conflict, Stability and Security Fund, sublinhando que esse orçamento era tão secreto que só um restrito número de deputados britânicos conhecia a lista completa dos 40 países onde esse dinheiro era «investido».
Sabe-se hoje que, para além do apoio inicial do United Kingdom Foreign and Commonwealth Office e posteriormente do Conflict, Stability and Security Fund e do Hero Fund, os Capacetes Brancos recebem muito apoio da USAID e da norte-americana Chemonics, do canadiano Peace and Stabilization Operations Program, do governo dinamarquês, do governo alemão, do ministério dos Negócios Estrangeiros da Holanda e da Nova Zelândia e da Japan International Cooperation Agency.
Os Capacetes Brancos estão, pois, longe de ser aquela ONG independente que agrega voluntários empenhados em salvar vidas e fortalecer as comunidades sírias. Para além de se conhecer os fortes apoios internacionais que recebem, eles trabalham de mãos dadas com a Nusra Front, a al-Qaeda síria, com quem partilham as suas bases.
Até mesmo médicos suecos denunciaram os Capacetes Brancos por más práticas médicas e abuso de crianças com objetivos de propaganda.
Os Capacetes brancos são uma poderosa máquina de propaganda muito bem oleada por porta-vozes dos grandes media de referência, diz John Pilger.
E o prémio foi o Óscar que lhes atribuíram em 2017 por um documentário propagandístico que dizem ter feito. Curiosamente, o seu chefe Raed Saleh, faltou à cerimónia da atribuição do prémio por não ter conseguido o visto de entrada nos EUA por alegadas ligações a grupos extremistas.
Entretanto, vários vídeo clips e fotografias mostram membros dos Capacetes Brancos marchando sobre cadáveres de forças governamentais sírias e agitando bandeiras de organizações terroristas. Além disso, uma análise, nas redes sociais, aos perfis de 65 figuras ligadas aos Capacetes Brancos detetou numerosos postes de apoio ao ISIS, Jabhat al-Nusra, Ahrar al-Sham e outras organizações terroristas. Aconteceu até que um vídeo divulgado pelos media de referência mostrando um rapaz «sírio» resgatando a irmã sob fogo de atirador furtivo não passava de uma fraude produzida em Malta por uma equipa norueguesa que garantiu tê-lo feito «para ver a reação dos media».
E há ainda o devastador artigo que Philip Giraldi, ex especialista da CIA em contra terrorismo e funcionário da secreta militar, publicou em julho de 2017: «A Fraude dos Capacetes Brancos».
Refira-se que os Capacetes Brancos foram criados em 2013, na Turquia, por James Le Mesurier, um ex-funcionário da secreta militar britânica, que, na altura, tratava de um contrato para os governos do Reino Unido e dos EUA. Foi esta estória que o próprio Le Mesurier contou numa conferência em Lisboa em 26 de junho de 2015.
1 comentário:
Vale a pena ler «A falsa fachada dos capacetes brancos», por Manuel Augusto Araújo, no Abril Abril de 22 de abril de 2018
https://www.abrilabril.pt/internacional/falsa-fachada-dos-capacetes-brancos
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