segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Bico calado

O Serviço Nacional de Saúde: Marcelo em 1979 e em 2017.
  • Os hotéis do Porto estão esgotados e com aumentos de preços que chegam aos 45%, neste fim de ano, mas os salários no sector estão congelados há sete anos, denuncia o Sindicato da Hotelaria do Norte citado pela Abril Abril.
  • «Crítica de fim de ano: Autocrítica. Já me perguntaram várias vezes porque critico tanto o Trump, ou o Marcelo, ou a América, ou a Banca, ou os comentadores de jornais e televisão. Entendo que esses críticos merecem uma resposta. Não crítico. Criticar significaria que eu teria qualquer esperança, mesmo que muito longínqua, em que essas pessoas ou entidades pudessem alterar os seus comportamentos, ouvir, reflectir, duvidar das suas razões. Ora eu não acredito que essas pessoas e entidades sejam regeneráveis, oiçam, reflictam, duvidem de si, das suas razões. Criticá-los seria falar para o boneco, para uma porta, para um bloco de rocha. Não há, pois, qualquer crítica que altere a bestialidade de Trump, a agitação e o comportamento de corvo de Marcelo, que mete o bico em tudo o que mexe ou brilha, a atitude imperial da América nas relações com o mundo, a ganância da banca, o vício da mistificação e da manipulação das opiniões públicas dos comentadores dos jornais e televisões. Não há cura para estas conformações. São atitudes genéticas. Ninguém espera que um camarão assobie, por muito que o critique ou o elogie. Também não critico um cão que alça a perna e mija na esquina, nem as doninhas pelo mau cheiro, nem os lobos que matam cordeiros, nem os carteiristas que metem as mãos nos bolsos alheios, nem os cauteleiros que anunciam a sorte grande, nem os padres que prometem o céu, nem o Marques Mendes por inventar o que lhe convém, nem o Beato das Neves pela metafísica aplicada à economia. Não critico os afundanços especulativos (os roubos) do BPN nem do BES, nem alcunho de vigaristas o Oliveira e Costa ou o Ricardo Espirito Santo, como não chamo assassino ao mar por afundar barcos. O que faço, faço porque me apetece, por meu livre alvedrio. Por exercício da minha liberdade. Não critico: exerço o direito de me expressar, tal como faço com os meus romances, com os meus textos sobre a história de Portugal. E exerço esse direito com a honestidade e os princípios de um cozinheiro de bufet: coloco as minhas opiniões em tabuleiros sobre um balcão, as melhores e mais bem apresentadas que consigo e cada um serve-se, aprecia, ou não, critica-me. Eu sou o sujeito, não o predicado. A crítica funciona no sentido inverso daquele que me acusam, parte daqueles que me lêem para mim. O criticado sou eu. Eu é que me sujeito à crítica! Eu posso mudar, aqueles que eu refiro nos meus textos não! Quando escrevo sobre eles não o faço como o pedreiro que tenta abrir um roço no cimento. Sei que seria mais fácil partir o escopro e o martelo do que alterar Trump, ou Marcelo, ou os jornalistas, ou os bancos, ou as bolsas de valores, ou a lógica do imperialismo, ou a fé dos bombistas islâmicos em Alá, no profeta e no paraíso das mil virgens… O que escrevo não é uma crítica às hienas é um mero alerta sem pretensões à desprevenida manada de zebus ou de gnus para as escorraçar, ou, no mínimo para não lhes servir de refeição. Um Bom Ano». Carlos Matos Gomes, FB.



  • O governo norte-americano preparou ataques falsos para provocar uma guerra com a União Soviética, mostram documentos de JFK agora tonados públicos. A revelação é da insuspeitíssima Newsweek de 20 de novembro de 2017.

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