Imagem: Andrzej Krauze
- «Miguel Frasquilho, atual chairman da TAP, justifica pagamentos feitos pela Espírito Santo Enterprises entre 2009 e 2011 ao seu pai, à sua mãe e ao seu irmão com um acerto de contas de dívidas que ele tinha com os seus familiares. Mas não explica porque isso foi feito através de uma offshore. Nem se estes rendimentos foram declarados pelo BES ao fisco. O pai, a mãe e o irmão do ex-deputado do PSD e ex-quadro do BES Miguel Frasquilho receberam seis transferências entre 2009 e 2011 de uma conta na Suíça titulada pela Espírito Santo Enterprises, uma companhia offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas que é considerada pelo Ministério Público como tendo funcionado como um gigantesco saco azul do Grupo Espírito Santo (GES) para pagamentos não registados. De acordo com a edição semanal do Expresso deste sábado, os valores das transferências para os familiares de Frasquilho somaram 54 mil euros e aconteceram numa altura em que o recém-nomeado chairman da TAP acumulava o lugar de deputado com o cargo de diretor da Espírito Santo Research, uma corretora do BES.» Expresso 23dez2017.
- «Afinal, Teresa Caeiro esteve mesmo na Raríssimas. A deputada do CDS garantiu ao Observador nunca ter feito parte dos órgãos sociais da associação, mas a ata (3jun2013) de tomada de posse dos dirigentes para o mandato 2013/2015 prova o contrário. (…) Teresa Caeiro foi consecutivamente eleita para a Assembleia da República desde abril de 2002. Passou pelos Governos de Durão Barroso (secretária de Estado da Segurança Social 2003-2004) e de Pedro Santana Lopes mas, aparte essas breves ausências, ocupou sempre o seu lugar na bancada centrista. Nos registos de interesses que os deputados são obrigados a apresentar desde 2007, não existe qualquer referência à sua passagem pela associação Raríssimas.».
- «(…) sempre que algum serviço público essencial, funcionando em monopólio, é privatizado, o resultado é invariavelmente um serviço pior e mais caro, com lucros garantidos por uma subterrânea teia de cumplicidades e promiscuidades entre políticos e empresários e à custa dos utentes. Foi assim com a PT, com a Galp, com os CTT, com a EDP. A EDP é mesmo o case study absoluto. (…) Miguel Sousa Tavares, in Expresso – via Estátua de sal.
- «(…) Os CTT públicos eram uma empresa eficiente e rentável: dava, em média, €60 milhões de lucros por ano ao Estado e cumpria, sobretudo na província, uma função social preponderante. Isso, mais o facto de ser um serviço público funcionando em regime de monopólio, deveria aconselhar qualquer pessoa minimamente dotada de sensatez (já não falo de ideologias) a pensar dez vezes antes de se decidir pela sua privatização. Mas nada deteve a teimosia de Passos, feita de um liberalismo enxertado à pressa, talvez pelo mestre António Borges, o je-m’en-fichisme de Portas e, desculpem a ousadia, a impensável incompetência económica de que a dupla Gaspar/Maria Luís deram provas. (…)» Miguel Sousa Tavares, in A insuportável evidência das coisas - Expresso, via Estátua de sal.
- «(…) Em Portugal, nos dois diários dito “de referência” os títulos de primeira páginas são claramente secundários e situam-se na parte inferior da página. Até porque, ao que parece, a Espanha e a Catalunha ficam longe, muito longe! Admiremo-nos depois se, vivendo fora do tempo, os potenciais leitores acham que, no fim de contas, podem muito bem dispensar-se da compra e da leitura de jornais em papel…» J.-M. Nobre-Correia.
- Os casos de sem-abrigo com problemas mentais e de saúde aumentaram 75% desde que os conservadores são governo no Reino Unido, admite um relatório do próprio Department for Communities and Local Government citado pelo The Guardian.
- O Reino Unido nunca merecerá um acordo de comércio livre com a União Europeia se pretender aproveitar-se do Brexit para se tornar um paraíso fiscal para as empresas e os ricos, alertou Pierre Moscovici, o comissário da área económica da UE. The Guardian.
- O indulto de Natal concedido pelo Presidente brasileiro, que reduz penas a condenados por crimes de colarinho branco, está a ser duramente criticado pelos investigadores da Lava Jato, que acusam Michel Temer de estar a preparar caminho caso seja ele próprio condenado. Público.
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