Imagem captada aqui.
- «Todos sabemos que as comoções trazem mais simpatias; quando alguém da alta sociedade abraça uma pobre velhinha quem fica com os louros da fotografia é o senhor, o pobre funciona como figurante, só está ali para que a comunicação mostre como o senhor é bondoso. Passados minutos o senhor continuará a pavonear-se nas televisões, dele dirão ser um grande coração, cheio de amor para dar. A pobre velhinha cuja fotografia correu mundo será ignorada, minutos depois ninguém a reconhecerá, a sua tragédia será esquecida, as suas dores ignoradas, cumpriu o seu papel de engrandecimento dos que já eram grandes. (…)» Jumento.
- «(…) a Raríssimas não é uma história de "vingança entre gajas", como já li e ouvi. É uma história de concubinato entre jornalistas e poder político. (…) É mais do que óbvio que Ana Leal, apesar de saber desde o início das falcatruas de Joaquina Teixeira ( vice-presidente da Raríssimas) nunca se preocupou com o caso. Como se tivesse feito um pacto do género "dás-me a informação que eu preciso e eu desvio as atenções da opinião pública das tuas trafulhices", Ana Leal evitou a todo o custo relacionar o caso Raríssimas com uma vingança interna, optando por envolver um dos mais sérios e competentes ministros deste governo. Essa foi a razão de nunca ter mencionado a existência de Joaquina Teixeira, nem as fraudes por ela cometidas. Isso estragava-lhe a narrativa e certamente desagradaria nomeadamente ao grupo parlamentar do CDS (…) Não nos espantemos se dentro de alguns meses tivermos notícias surpreendentes sobre este caso. Será sinal que o CDS - lídimo representante da hipocrisia em matéria de assistencialismo e caridadezinha- conseguiram os seus objectivos. No meio de todo este imbróglio fabricado por razões que em breve serão conhecidas, os prejudicados são os utentes de uma IPSS essencial para o seu bem-estar.» Carlos Barbosa de Oliveira, in Raríssimas: o pecado original – Crónicas do rochedo.
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