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- «Rui Rio. Para ser franco, não sei bem quem seja e seguramente não lhe recordo uma única ideia ou pensamento que me tenha chamado a atenção. Sei, claro, que foi presidente da Câmara do Porto, muito elogiado pela imprensa e intelectualidade lisboeta por se ter atrevido a enfrentar o FC Porto e Pinto da Costa. Porém, só o fez depois de ser eleito e não antes — mostrando logo aí o que viria a revelar-se uma característica muito sua: o gosto pelos combates ganhos à partida, a aversão pelos outros. (…) Quanto a Santana Lopes, a outra proposta, esse, o país inteiro conhece-o, até bem demais — com ele é como se fossemos todos família. A imprensa adora-o, porque ele é um incansável fabricante de emoções, animações e trapalhadas — o “menino guerreiro”. Tem sobre Rio essa vantagem: a ele não assustam as guerras perdidas (enfim, não todas…), e não há festa nem festança a que não compareça, convidado ou não. Infelizmente, tem, em relação a Rio, a imensa desvantagem daquele trágico e breve governo de 2002, que Durão Barroso deixou cinicamente de herança ao país quando se pirou para Bruxelas e que Santana chefiou como se chefia um clube de amigos. (…)» Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 14/10/2017 – Via A estátua de sal.
- A China acabou de estabelecer um sistema de «pagamento versus pagamento» (PVP) para oficializar as transações entre o yuan chinês e o rublo russo. O objetivo é «reduzir os riscos e melhorar a eficiência» do seu sistema de câmbio. O novo mecanismo, que poderá rivalizar com o velho monopólio do sistema de pagamento interbancário SWIFT dos EUA (que permite a liquidação simultânea de transações em duas moedas diferentes), foi lançado na segunda-feira após ter recebido a aprovação do banco central da China. Este movimento será visto pelos oligarcas financeiros da Wall Street como um ato de agressão porque desafia a preeminência do dólar dos EUA como moeda de reserva global do planeta - que está inextricavelmente ligada e quase completamente dependente do Petrodollar dos Estados Unidos para apontar o valor da moeda fiat dos EUA. Académicos da Universidade de Georgetown consideram que este desenvolvimento coincide com outros movimentos recentes, nomeadamente notícias de que a China «obrigará» a Arábia Saudita a negociar petróleo em yuans. Se isso acontecer, o resto do mercado mundial de petróleo poderia seguir o exemplo, o que seria um desastre para o dólar americano como a moeda de reserva do mundo. GR.
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