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Há 60 anos, uma névoa negra engoliu os territórios dos Yankunytjatjara no sul da Austrália, provocando doenças nas pessoas. Entre 1952 e 1963, a Austrália autorizou o governo britânico a realizar uma série de testes nucleares em Emu Field e Maralinga, no sul da Austrália, e nas Ilhas Montebello, ao largo da costa da Austrália Ocidental.
O secretismo que envolveu todos estes testes nucleares tem mantido escondido o número oficial de mortes e de feridos ou infetados. O certo é que muitos aborígenes foram e são ainda vítimas de doenças de pele e da vista, e muitos ficaram cegos. Os aborígenes de Maralinga e Emu Field não só sofrem de problemas de saúde após a realização dos testes nucleares, mas também ficaram sem as suas terras tradicionais. Muitos ainda temem que não seja seguro atravessar os seus territórios apesar dos esforços de limpeza.
Décadas de lutas jurídicas em busca de compensações resultaram, nos anos 80, numa comissão. A luta das vítimas dos testes nucleares britânicos fizeram-se representar em junho passado nas Nações Unidas para apoiar o tratado de proibição das armas nucleares.
O tratado mereceu a abstenção de Singapura e o voto contra da Holanda. A Austrália, os EUA, o Reino Unido, a Rússia, a China, o Paquistão, a Índia e Israel não participaram nas negociações prévias. BuzzFeed.
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