Bico calado
Foto de Peter
Komka/EPA. Imagem captada aqui.
- Mata-bicho arrasa Zé Gomes Ferreira. Antena1 9jun2017. Sugestão: (Re)ler aqui o que José Vítor Malheiros e Rui Tavares escreveram sobre jornalistas que assumem simultaneamente o papel de comentadores e de militantes da oposição.
- «Os lealistas terroristas assassinaram 1.016 pessoas entre 1969 e2001. (…) O DUP é corrupto, homofóbico, racista e, acima de tudo, fanático religioso. (…) Theresa May recusa demitir-se e pretende continuar a governar-nos com o apoio desta fação sinistra. O apoio popular ao governo conservador vai mergulhar a níveis sem precedentes. Este aborto de aliança entre fanáticos do Brexiteers não vai durar muito tempo como um governo (…)». Craig Murray in TruePublica.
- O grupo de doadores que deu ao DUP (Partido Unionista Democrático, Irlanda do Norte) 425 mil libras durante a campanha do referendo do Brexit tem ligações com o ex-diretor-geral da secreta saudita, que também é pai do atual embaixador da Arábia Saudita no Reino Unido, denuncia a Open Democracy.
- Em entrevista ao Jornal Económico, o ex-secretário de Estado da Energia do Governo de Pedro Passos Coelho explica que as suspeitas de corrupção em torno dos CMEC não são novas e alerta que os factos podem estar quase a prescrever. "Fui proibido de falar sobre as rendas excessivas na energia", relembra. (…) Quando olhei para os CMEC, achei que eram maus demais. Não é segredo nenhum que tentei eliminar as rendas, aliás um compromisso que o Governo assumiu perante a “troika” (…) Na negociação, para não ser enrolado e fazer uma negociação forte, a minha tática foi divulgar os dados das rendas excessivas. Publicamente. Isso comprometia-me a mim e ao Governo com a eliminação dessas rendas. Tínhamos um alvo a atingir. O alvo ripostou? Sim, ao ponto de eu, secretário de Estado da Energia, ter sido proibido de falar nas rendas excessivas. Nem de valores, nem nada. Tinha sido convidado para ir a uma sessão comemorativa do aniversário do ISEG e nesse dia de manhã havia um Conselho de Ministros excecional. O ministro Santos Pereira telefonou-me a dizer que não podia fazer aquele discurso sobre as rendas excessivas, tinha que fazer outro. Eu recusei e apresentei a demissão. Portanto, há duas abordagens perfeitamente distintas, antes e depois da privatização. Convidaram-me para o Governo porque diziam que se tratava de um setor dominado pelos “lobbies” e eu era independente e poderia fazer o que era necessário. Afinal, os “lobbies” eram mais fortes e venceram. O relatório sobre as rendas excessivas também foi parar à EDP antes de ter sido divulgado… Sim, isso é público. O ministro Santos Pereira enviou o relatório, por volta das 11h da manhã, para o gabinete do primeiro-ministro. À hora do almoço já havia telefonemas da EDP a perguntar que relatório era aquele. A sua demissão foi provocada pela EDP? Obviamente que os interesses no setor se mexeram e fizeram o que lhes competia. Sinceramente, se estivesse do lado deles e tivesse a postura deles, que não tenho, mas se tivesse, acho que teria feito a mesma coisa. O que caberia ao Governo era manter-se firme e aguentar. Não é para baixarem os braços. A pressão faz parte das regras do jogo, qualquer que seja o jogo, é normal.»
- «(…) A Santa Casa, mais concretamente o Euromilhões, tem feito muito pelos portugueses. Foi graças ao Euromilhões que muitos portugueses passaram a conhecer os números até ao 50. É incrível a quantidade de jogos que existem hoje em dia. A Santa Casa tem o Euromilhões, o Totoloto, o Totobola, o Placard, o Joker, a Raspadinha, a Lotaria Clássica, a Lotaria Popular e a Instantânea. Ou seja, por semana, existem mais de dez hipóteses de podermos ficar milionários. E ainda dizem que Portugal é um país onde há poucas oportunidades.(…)» João Quadros in Santa Cabana de Misericórdia – JNegócios 9jun2017.
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