quarta-feira, 31 de maio de 2017

Bico calado

  • «Quem acelera as alterações climáticas minando a legislação que protege o Ambiente, quem vende mais armas em zonas de guerra e não quer resolver politicamente conflitos religiosos está a pôr a paz em risco na Europa. (…) As políticas míopes do governo americano colidem com os interesses da União Europeia (…) o Ocidente tornou-se mais pequeno, pelo menos tornou-se mais fraco (…) Nós, europeus, devemos lutar por mais proteção climática, menos armas e contra o fanatismo religioso, caso contrário, o Médio Oriente e a África serão ainda mais desestabilizados.» Sigmar Gabriel, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha. AFP/The Guardian.
  • «A Arábia Saudita é uma criação britânica que tem servido os interesses dos britânicos e dos Estados Unidos até hoje. Os britânicos restabeleceram o wahhabismo saudita na região depois de ele ter sido rejeitado, usando a sua intolerância para travar uma guerra interna contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial. Num caso tipicamente britânico de dividir para reinar, eles aliaram-se à família Al-Saud que têm sido servos obedientes do imperialismo britânico e americano desde o seu reinado. Foi Winston Churchill que financiou e armou Ibn Saud, o primeiro rei da Arábia Saudita. Ele dobrou o subsídio em 1922 para 100 mil libras. Em 1921, Churchill fez um discurso na Câmara dos Comuns, no qual classificou os seguidores de Ibn Saud de "sanguinários" e "intolerantes". Para os britânicos isso não era problema, desde que a família Al-Saud e seus seguidores trabalhassem a seu favor. É o que ainda acontece hoje. Não só em relação aos sauditas, mas também às várias forças representativas que lutam em todo o Médio oriente e em África. Enquanto esses contras funcionarem em prol do interesse britânico, os britânicos apoiá-los-ão. Quando eles se tornarem inúteis ou maus, como acontece com frequência, os britânicos fazem a guerra contra eles.» OffGuardian.

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