Imagem captada aqui.
- Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, foi constituído arguido em caso de burla ao BPN. As suspeitas: a prática de crimes de burla qualificada, falsificação e branqueamento de capitais que terão causado um prejuízo de, pelo menos, 23 milhões euros (com juros) ao antigo Banco Português de Negócios (BPN, hoje Banco BIC). Sábado. 6 milhões a levá-lo ao colo…
- «O que resta aos jornais locais num evento como o centenário de Fátima e a visita do Papa? Dei por mim numa rotunda a procurar não perder as televisões de vista, senão a segurança não me deixava passar, mesmo com acreditação a dizer “Press” igual à deles, à margem de um acontecimento que localmente teria (ainda) mais relevância. Fui impedida de andar por uma avenida porque se lembraram de me perguntar o nome do meu órgão de comunicação e naquele espaço, salientaram, só podia circular determinado canal de televisão… Levei mais de uma hora a regressar ao gabinete de imprensa, a correr contra o tempo para ainda conseguir escrever algo antes da procissão das velas, porque não pude, simplesmente, mesmo com acreditação de “Press”, atravessar dois metros de rua onde ia passar, dali a apenas meia hora, Sua Santidade. (…) A 14 de maio, Fátima voltou a ser uma aldeia. E dos 1500 jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara resta apenas a dúzia que dá as notícias durante todo o ano, tão úteis aos grandes órgãos para repescar em momentos de grandes eventos. (…) Como na história das aparições, há duas Fátimas: a de todo o ano e a do 12 e 13 de maio. Deste centenário restou-me a peripécia de ter descoberto o miraculado, o pequeno Lucas, junto ao presbitério, cerca de 15 minutos antes do terço. Reconheci os pais porque, sozinha, fui a todas as conferências de imprensa que consegui assistir, fora os momentos que falhei após um desmaio apoteótico que não cabe nesta crónica. Peguei na câmara, tirei uma foto. Ele sorriu para mim e deixou-se fotografar, brincado alegremente com a irmã. [Essas fotos viriam a ser reproduzidas por vários jornais nacionais e alguns nem sequer pediram autorização.] Avisei um colega que por ali andava e continuei o meu percurso. Centenas de jornalistas/fotógrafos/operadores de câmara naquele espaço e, apercebi-me pouco depois, já revendo as fotos, que fora (talvez) a única a dar conta da passagem da criança. Terá sido por ser local e andar à procura da diferença? Não me parece. Entretanto perdi tempo à espera de uma passagem do Papa da qual fui (todos os jornalistas foram) afastada. E não, não o fotografei. Aliás, a bem da verdade, nem o vi. Passou por mim de papamóvel a uma velocidade acima do esperado, quando tentava filmar em direto. Um segundo de perfil, foi a minha vitória. Da varanda da sala de imprensa, abafada por tantas câmaras e máquinas fotográficas, nem via bem o ecrã gigante, pelo que perdi praticamente todo o ritual religioso. Este 13 de maio teve muita coisa, eventualmente até algum exagero. Mas talvez tenha faltado, sobretudo, um pouco mais desse Papa Francisco que nos habituámos a invejar doutras paragens e que, como o Presidente Marcelo, fica a tirar selfies com o povo. Entretanto jogou o Benfica e o Salvador ganhou a Eurovisão. Parece que vem a Ourém no dia 18 de junho, nas festas do município. Nesse dia já não há Papa nem jornais nacionais e internacionais. E aí seremos – nós, locais e regionais – apenas jornalistas, a tentar obter duas palavras de uma figura conhecida.» Cláudia Gameiro in Fátima e os jornais locais – MedioTejo 15mai2017.
- «Considero Rui Moreira um homem honesto e as notícias do "Público" pondo em causa a sua honorabilidade não me fazem mudar de opinião. Pelo contrário. Apenas confirmam o que aqui escrevi. Rui Moreira já terá percebido que foi enganado por aqueles que o convenceram a dar um chuto no PS. Talvez já esteja arrependido e tenha compreendido que o objectivo dos seus "apoiantes independentes " era ressuscitar o PSD que estava morto e sem candidato credível. Uma vez afastado o PS, os laranjas vêem uma possibilidade de regressar ao governo da câmara do Porto, ao colo de Rui Moreira. A política tem destas coisas, Rui. Ser independente não é mesmo nada fácil. Principalmente quando se é naïf e se confia nos independentes que têm o seu próprio programa e objectivos escondidos na manga.» Carlos Barbosa de Oliveira in Aprendeste a lição, Rui? - Crónicas do Rochedo.
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