terça-feira, 13 de setembro de 2016

Bico calado

Cristas na corrida ao poleiro. Fonte.
  • Juncker deu ordens para que o ex-presidente da Comissão Europeia seja tratado como qualquer outro lobista. Durão Barroso vai tornar-se no primeiro ex-presidente da Comissão Europeia a ver retirados os chamados "privilégios de passadeira vermelha" por Bruxelas, na sequência do cargo que ocupa na Goldman Sachs. DN. Filipe Tourais, a propósito: «(…) É demasiado pouco, aquele camarada continua sem responder pelos crimes de guerra que aprovou juntamente com Bush, Blair e Aznar com base numa mentira do tamanho do mundo mas, pelos festejos, é capaz de ser o suficiente para adiar a exigência de uma passadeira castanha até à porta de saída para todos eles com o Tratado Transatlântico em forma de supositório metido onde corresponde. Festeje-lhes o fait divers quem lhe apeteça.»
  • « (…) O diretor dos impostos da RAM referiu que em 2015 a Zona Franca da Madeira gerou um volume de negócios equivalente a mais de 50% do PIB regional e uma receita de IRC de 130 milhões de euros. O facto de a Madeira apresentar um PIB per capita artificialmente inflacionado através das contas do offshore, coloca a região acima de 75% da média europeia, fazendo-a perder o estatuto de Objetivo 1 das regiões ultraperiféricas e o acesso a mais de 500 milhões de euros em cada quadro de apoios. Pelo mesmo motivo, a Madeira deixa de receber 400 milhões de euros provenientes do Fundo de Coesão para combater a insularidade. O turismo, que para lá da indústria offshore é o único produto da região, está na mão da mesma pessoa que é dona dos hotéis, do casino e que detém 75% da sociedade que gere a zona franca. A restante economia local é residual e nem mesmo a produção de banana consegue atingir a quota atribuída pela União Europeia. Em mais de 40 anos de democracia, na Madeira o poder nunca mudou de mãos. A maioria da população ativa trabalha para organismos do governo regional e mais de 30% dos madeirenses vivem abaixo do limiar da pobreza. Este é o preço a pagar por se escolher um regime fiscal parasitário que protege uma elite corrupta que capturou a economia e o poder político.(…)» João Pedro Martins in A Maldição da Madeira12set2016.
  • «(…) A conversa sobre os dinheiros é perturbante. O juiz vive uma vida espartana, não vai a restaurantes e não tem “amigos pródigos”. Aliás, para descansar as nossas almas, nem tem amigos, de todo (se o leitor ou a leitora consegue confiar numa pessoa que não tem amigos dou-lhe um prémio). Queixa-se do governo do “senhor engenheiro José Sócrates” que lhe cortou o salário mas, que engraçado, não se lembra do governo seguinte que também lhe cortou e bastante mais no salário – ele ainda hoje desconta uma sobretaxa do IRS, mas não deve ter dado por isso, tão cuidadoso com as contas apertadas que é. Mas, espartano, e com um ordenado que, já agora, é maior do que um deputado, o juiz tem que trabalhar 48 sábados por ano para compor o fim do mês. Percebeu? Eu não.» Francisco Louçã in Ainda bem que o juiz Carlos Alexandre deu a entrevista que não devia ter dado - Público 12set2016.
  • A indústria do açúcar pagou, nos anos 60, a 3 cientistas da universidade de Harvard, para minimizarem os impactos negativos do açúcar nas doenças cardíacas e atirarem as culpas para as gorduras saturadas. NYTimes. Terá o ranking desta universidade beneficiado com este tipo de truque?

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