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- «Foi o próprio Portas que, falando de si, disse que “estava no mercado”. Sobre a sua atitude disse tudo o que queria dizer na discussão que tive na Quadratura do Círculo [SIC Notícias], excepto uma coisa: por que razão um homem que é esperto e sabe as consequências reputacionais daquilo que faz correu tão rapidamente para um emprego de lobista de uma empresa? A resposta deu-a o próprio Portas: o seu “valor” no “mercado”. Ora o “valor” de Portas no “mercado” do lóbi degrada-se rapidamente à medida que o tempo passa e os contactos e relações que estabeleceu enquanto esteve no governo, onde ocupou os mais altos cargos de “estado”, vão-se desvanecendo. Aliás, uma retórica balofa que uma certa direita do CDS tem do “estado” está bem traduzida neste episódio, em que um antigo vice-primeiro-ministro, ministro dos Negócios Estrangeiros e ministro da Defesa passa a lobista exactamente usando o “valor” que vem dessa alta experiência. E o “valor” são os segredos de Estado, os conhecimentos, os contactos, e o currículo de cargos governamentais no cartão-de-visita. É por isso que Portas tem pressa e assim pode comprar os talheres de prata mais cedo, ou fazer o upgrade para os de ouro.» José Pacheco Pereira in Sábado 17jun2016.
- «O mais curioso deste tema, Caixa Geral de Depósitos, é o facto de a ex-coligação governamental, de repente, estar preocupada com a saúde da Caixa. Já lá vai o tempo em que Maria Luís, sobre a CGD poder levar rombo com o Fundo de Resolução no Novo Banco, dizia: “A CGD pode sentir um impacto: é o preço de ter um banco público.” Sem espinhas. E o Presidente, Cavaco Silva, garantia, a propósito do mesmo tema: “É errado dizer-se que pela via de redução dos lucros da CGD os contribuintes podem vir a suportar custos.” Era a caixa da Joana, agora é a de Pandora.» João Quadros in Na Caixa com certeza – JNegócios 17jun2016.
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