Bico calado
Guilin, China. Foto de Kyon.J.
- «Catarina Martins foi contundente na sua intervenção no debate quinzenal, a decorrer no Parlamento. E apontou a responsabilidade "de como aqui chegámos, ao grande buraco na CGD, às decisões tomadas por agentes políticos na Caixa, ao serviço e interesses privados", disse Catarina Martins que elenca alguns da lista já conhecida de devedores da CGD "Grupo Mello (com Efacec e Brisa), GES (incluindo Escom - Vale do Lobo), Grupo Lena, António Mosquito, Finpro (Grupo Amorim e Banif). "António Vitorino fez parte do órgão de fiscalização da CGD, teve cargos em órgãos de decisão da Brisa, Finpro, Banco Mello e Fundação Berardo", "Proença de Carvalho, que foi presidente Assembleia Geral da CGD e teve lugares no Grupo Espírito Santos, na Cimpor, e no grupo angolano de António Mosquito", e outros poderia citar, disse a presidente do Bloco, "António de Sousa, António Nogueira Leite e Rui Machete", para concluir que tudo na Caixa se deve "ao ciclo do Bloco Central". O BE fez uma proposta de escrutínio ao Governo: uma auditoria forense às contas da CGD. António Costa respondeu "iremos ponderar a sua sugestão".» Económico.
- «Entre 1998 e 2008 a CGD entregou ao Estado 2,7 mil milhões de euros em dividendos. O BPN, o BES ou Banif não entregaram um cêntimo. Quando as coisas correram bem a Caixa deu dinheiro ao Estado, quando correram mal custou dinheiro ao Estado. Nos privados, quando correram bem deram dinheiro aos acionistas e quando correram mal custaram dinheiro aos contribuintes.» Daniel Oliveira.
- «Mas isso leva-me a ter quase dó com estes exercícios de propaganda menor, mas de intencionalidade maior, porque este anticomunismo de opereta, nem sequer é um verdadeiro anticomunismo, é um anti-socialismo, é um anti-social-democracia, é a substituição do pensamento da democracia por uma espécie de digesto empresarial que encontra na experiência de Singapura o seu ideal. É que nem sequer é o PCP que eles querem atingir, é o PS, é António Costa, são os social-democratas que ainda não têm vergonha do nome, é o dificílimo engolir da perda do poder, é a falta do exercício de mandar e é a consciência de que, sem as sanções punitivas e a “lei de ferro” da Europa, não chegam lá tão cedo. Enquanto isso divertem-se achando-se geniais com estas boutades gráficas e verbais que brincam com um fogo que eles não sabem sequer que existe.» José Pacheco Pereira in A máquina da ignorância ao serviço da política que não ousa dizer o nome (II) - Público 11jun2016.
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