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Os Panama Papers não revelam nada de novo, escreve Graham Vanbergen na True Publica.
O que ficamos a saber é uma pequena gota no vasto oceano das offshores. Há muito que sabemos que há 82 países com offshores, paraísos fiscais onde impera o segredo financeiro.
O Reino Unido controla o sistema, pois representa 25% de todos os paraísos fiscais, todos na lista negra elaborada em 2015 pela União Europeia: Anguilla, Bermuda, as Ilhas Virgens Britânicas, as ilhas Caimão, Montserrat, as ilhas Turks e Caicos, entre outras, todas coordenadas pela City de Londres, a maior lavandaria mundial de dinheiro sujo.
Desde que David Cameron é primeiro-ministro houve um aumento de 600% no número de milionários que copmpraram propriedades em Londres, 30% dos quais são provenientes de países da ex-União Soviética. Depois de conseguirem vistos, adquirem a nacionalidade britânica e, assim, podem esconder dinheiro e até fazer doações ao partido Conservador de David Cameron.
Mais de metade dos parceiros e associados de Mossack Fonseca estavam registados nas Ilhas Virgens Britânicas, tudo ao som de, calcula-se, de 300 biliões de libras.
Em termos mediáticos, a hipocrisia não conhece limites. O próprio Guardian, ao sublinhar o envolvimento de Putin, fez parte da comédia. É que sabe-se que o Guardian foi criado através de uma fundação de modo a livrar os fundadores de pagarem impostos sucessórios e, posteriormente, de pagarem 60 milhões de libras de impostos pela venda do Autotrader…
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