quinta-feira, 31 de março de 2016

Bico calado


  • Jornalistas a soldo de secretas? Udo Ulfkotte, ex-editor do Frankfurter Allgemeine Zeitung fez isso tudo. Em setembro de 2014 manifesta arrependimento público, diz-se envergonhado e lamenta ter-se deixado subornar por serviços secretos alemães e norte-americanos para escrever e assinar o que eles queriam.
  • «(…) Garrido não dirigia só o Jornal de Negócios. Era opinion maker nas televisões e nos momentos chave lá aparecia para comentar a "actualidade económica". Comentar e dirigir. Tornou-se uma baronesa da informação e grita de forma quase desesperada - como quem luta contra o tempo - contra as redes sociais, esse perigo que agita os meios de comunicação convencionais e para o qual os jornalistas, "rigorosos, isentos e livres", nos irão proteger com a sua cápsula informativa. O que as redes põem em causa, porém (e a ex-directora do Negócios sabe-o bem), são as estruturas de poder em que pessoas como Helena Garrido aprenderam, ao longo dos anos, a (sobre)viver - um habitat que funciona com base nos contactos, nas relações com accionistas, com assessores de comunicação e com lobbies políticos e económicos. Um habitat, já agora, de chapeladas e de reverência onde os leitores estiveram sempre, mas sempre, em último plano. (…)» Os truques da imprensa portuguesa.
  • O jornalismo independente tem sido vítima de uma vaga de repressão e censura em todo o sudeste asiático: Tailândia, Hong Kong, China, Malásia, Singapura, Timor Leste, Vietname e Indonésia. Asia Serntinel.
  • «(…) A guerra do Brasil Amarelo (na realidade branco) contra o Brasil Vermelho (na realidade negro e mestiço) é uma velha disputa entre os do champanhe e os da cachaça, os do fillet mignon e os do feijão preto. (…) A corrupção de Lula ou de Dilma é uma história da carochinha para quem gosta de ouvir histórias da carochinha… Se os atuais golpistas regressarem ao poder, deixará de se falar de corrupção. O «lava jato» passa a «esquece». Os velhos corruptos, deputados e grandes empresários presos ou acusados voltarão a ter o cadastro limpo e regressará o princípio do business as usual, antes do interregno de Lula e de Dilma. Os atuais ferozes juízes retomarão as suas funções de prender pilha-galinhas, bicheiros e vendedores de cocos na praia.  A corrupção voltará a ser um segredo bem guardado. (…)» Carlos de Matos Gomes in A Viagem dos Argonautas.
  • «(…) E agora há mortos e mortos. Os nossos e os deles. Há os mortos que põem o mundo totalmente alvoraçado. E há os mortos que merecem uma notícia de roda pé, mesmo sendo irmãos em Cristo. Segundo São Paulo os homens são todos um em Cristo. Porém para este mundo cristão não é bem assim. Bruxelas é o quartel da NATO e sede da União Europeia. Lahore é uma cidade do Paquistão muçulmano e os mortos de Lahore não têm o mesmo estatuto. São mortos longínquos, ainda se fossem dos EUA ou do Canadá… Há uma espécie de “os nossos mortos” e há os deles. Se um palestiniano for morto, à queima-roupa, por um judeu é normal. Se um bombardeamento dos aliados dos EUA acertar em cheio num hospital e morrerem dezenas de afegãos é um dano colateral. A emoção e a dor não é a mesma porque eles não são “os nossos mortos“. São os deles. Há mesmo muitos cristãos que invocam Cristo para o que lhes serve, esquecendo as palavras de Paulo de Tarso. Mortos. Mortos de primeira e mortos que nem vale a pena lembrar, como os de Lahore, ou do Afeganistão ou da Palestina… Não são “nossos”. São deles.» Domingos Lopes in O chocalho.
  • Sabia que qualquer cidadão francês pode, para efeitos de dedução de 60% à sua carga fiscal, fazer doações ao exército israelita? A revelação foi feita pela insuspeita Nathalie Goulet, membro do senado francês durante o debate do orçamento de Estado para este ano. Via Dissident Voice. E, para que não restem dúvidas, aqui está a referência oficial, do Senado francês, à questão levantada pela senadora Nathalie Goulet:

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