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quarta-feira, 30 de março de 2016
Bico calado
O que acontece quando uma cabra fica pendurada em cabos de eletricidade? Aconteceu em Sykourio, Grécia. A improvisada operação de salvamento correu bem. FB.
«(…) Se o que pretendem se resume a verem solucionados os seus problemas pessoais e não o da Saúde da sociedade que contribuiu solidariamente para lhes pagar os cursos, quer-me cá parecer que o país não perde grande coisa se vir as suas vocações mercantis partirem para aquela emigração capaz de lhes remunerar a ambição. Ao contrário do que alegam, não temos médicos a mais. Mas mercenários sim, demasiados, em número bastante acima das nossas possibilidades.» Filipe Tourais in Os bons dias de uma cidadania muito doente – O país do Burro.
«(…) Em Angola, como escreveu Ondjaki, existe um país em que gente superior "que está a mandar mais do que Deus". É o país de José Eduardo dos Santos, da sua família, dos seus ministros e generais. Sob a retórica da nova economia liberalizada, esconde-se a velha corrupção de uma oligarquia milionária que se alimenta do petróleo e diamantes. As cumplicidades que têm em Portugal podem ser ouvidas no silêncio de quem elogia a influência do capital angolano na economia portuguesa mas se cala perante as sucessivas violações dos direitos humanos. O país dos 17 ativistas condenados é outro. É a Angola real, que tem a maior taxa de mortalidade infantil do Mundo e onde uma parte significativa da população vive com menos de um dólar por dia. Ao contrário do que o poder insiste em repetir, o que estes ativistas fizeram não é um atentado contra o Estado angolano; é uma homenagem à sua persistente história de luta. (…)» Mariana Mortágua in Angola: fraca com os fortes, forte com os fracos – JNotícias 29mar2016.
«Os homens que mandam em Angola são os novos colonos. Os legitimos herdeiros da luta do MPLA pela independência e pela liberdade são os 17 jovens corajosos que cometeram o crime de pôr em causa os interesses do Presidente, dos seus generais e da sua corte. E, como os jovens idealistas que se bateram pela independência de Angola, pagaram com a cárcere o seu patriotismo. Não é cadastro, é orgulho. Eles não são vítimas, são combatentes. Angola está a mudar. Com o preço do petróleo a cair, começa a faltar o dinheiro para continuar a manter satisfeitos os anafados oportunistas que rodeiam o Presidente. Como Salazar, José Eduado dos Santos acabará por cair da cadeira, senil e patético, vivendo rodeado de medo por saber que é temido mas não amado, que compra a bajulação mas não conquista a admiração.» Danel Oliveira. FB.
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