Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
domingo, 14 de fevereiro de 2016
Bico calado
Paraísos fiscais escondem e lavam dinheiro sujo da corrupção: uma animação (3:40), com legendas em português, produzido pela Plataforma Internacional de Jornalistas de Investigação, com o apoio do The Washington Post.
O gigante HSBC alojou dinheiro sujo proveniente de ditadores e de comerciantes de armas, revela uma investigação de jornalistas de 45 países.
«Bitte Herr Schäuble Portugal in Ruhe lassen! Wolfgang Schäuble, Ministro das Finanças alemão, acaba de fazer uma advertência/ameaça/chantagem a Portugal, indicando que "perturbar os mercados não é o melhor caminho". Schäuble, que em 1990 foi vítima de um desequilibrado que o condenou para sempre a uma cadeira de rodas, é um dos políticos no ativo mais antigos da Europa, e um dos responsáveis pela desastrosa condução económica feita a partir de Bruxelas. Pode-se entender que este homem, amante da mais absoluta austeridade, e cronicamente amargo desde que em 2000 teve de se demitir do ministério pela sua responsabilidade no financiamento ilegal do seu partido, a CDU, odeie agora os portugueses. Este homem detesta que os portugueses perturbem os mercados desde o século XIII, detesta que os portugueses comam, bebam, fodam, leiam, cantem e sejam um país soberano. Deixe Portugal em paz Herr Schäuble!» Luís Sepúlveda. FB.
«O mundo económico mundial está em ebulição, mas certas afirmações divulgadas por cá dão a entender que o furacão nasceu aqui, em Portugal. Até Wolfgang Schauble, o ministro alemão das Finanças, com tantas coisas para se preocupar, veio falar de nós, do nosso Orçamento e da necessidade de continuarmos a fazer as reformas que ele acha que temos de fazer. Parece um pouco exagerado concluir que o Orçamento do Estado 2016, elaborado por Mário Centeno, possa estar a ter este efeito devastador no planeta. Mas quem sabe? A economia é uma ciência tão pouco exata…(…) Das duas uma: ou a Comissão não acredita numa linha do que está escrito no Orçamento e então devia recambiá-lo e obrigar o Governo português a elaborar outro OE; ou se o aprova depois de tantas correções não tem o direito de vir dizer que é necessário preparar desde já e anunciar medidas adicionais. A Comissão e o Eurogrupo não fazem isto por questões técnicas. Fazem-no por questões políticas. Não querem nenhuma ovelha tresmalhada fora do rebanho. Não querem sobretudo maus (para eles) exemplos. Não querem que um Orçamento com orientações claramente diferentes das que eles defendem, apostado no crescimento através também (mas não só) de aliviar o peso fiscal que incide sobre os rendimentos das famílias e devolver salários que foram cortados durante a crise, possa ser aplicado e comprovar na prática que pode obter sucesso com muito menos dor social do que a alquimia que defendem. O que eles querem é que continue a flexibilização cada vez maior das leis laborais e dos despedimentos, a redução dos custos de trabalho para as empresas, a diminuição drástica de todos os apoios sociais, as privatizações de empresas públicas ou subconcessão a privados e o alívio da carga fiscal para as empresas mas não para as famílias. Tudo o que não alinhe por este diapasão tem de ser esmagado e, se possível, humilhado (como foi no caso da Grécia).(…) E quando provavelmente ia brotar um esplêndido mundo novo, eis que chega Mário Centeno com o seu Orçamento e as bolsas entram em derrocada, as taxas de juro disparam, o pânico instala-se! O ministro português das Finanças está seguramente a deixar os seus pares espantados – e ele próprio deve estar um bocadinho surpreendido com a balbúrdia que conseguiu provocar.» Nicolau Santos in Centeno deita abaixo a economia mundial – Expresso Diário 12fev2016. Via A Estátua de Sal.
Esteve 4 meses em funções, demitiu-se e foi condecorado por Cavaco. Demissão também é servir o país, diz Campos e Cunha. DN.
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