- «Eram dez da manhã, e até às onze o candidato social-democrata caminhou sem pressa pelo centro, distribuindo beijinhos e sorrisos e entrando em quase todas as lojas para conversar com os comerciantes, incluindo numa funerária, onde perguntou "Como vai o negócio?" O gato-pingado respondeu reconhecido: “Estes últimos quatro anos o negócio da morte floresceu graças às medidas do vosso governo PSD/CDS, os resultados foram excelentes, razão por que vou votar no professor.” “Dê cá um abraço”, retorquiu Marcelo.» Cid Simões in O abraço – As Palavras são armas 16jan2016.
- Os 30 deputados do PS (21) e PSD (9) subscritores da petição ao Tribunal Constitucional sobre as subvenções vitalícias.
- «É um assunto envenenado, antes de mais. Resulta de uma iniciativa de deputados até agora anónimos, mas certamente do PS ou do PS e do PSD. Se forem só do PS, problema para Nóvoa e Belém, que nos últimos dias disputam acirradamente o concurso de eu-é-que-sou-mais-PS-do-que-tu e vão ter que responder aos seus correlegionários. Se os deputados anónimos forem do PS e do PSD, pior ainda, é a casta a mover-se pelas sombras e a lembrar a sua unidade por cima de qualquer diferença. Podem aliás ter sido os mesmos que tentaram aprovar a restituição das pensões há um ano, que falharam no parlamento e na opinião pública e que agora se arriscaram a envenenar a campanha eleitoral com este assunto, sempre mantendo um prudente silêncio sobre os nomes dos autores da diligência junto do Tribunal. É um assunto mesquinho, depois. Tudo se resume a isto: a norma agora em vigor determinava que um ex-titular de cargo público não receberia a pensão se já tivesse outros 2 mil euros mensais de rendimento (ou que receberia a diferença até esse valor) em vez de acumular com a pensão ou com o salário (porque, pela regra inicial e só abolida em 2005, até poderia ter havido um jovem de 26 ou de 30 anos com uma pensão vitalícia). Agora passam a poder acumular a pensão com qualquer outro rendimento, nos termos da decisão do Tribunal. É uma posição inconsistente, ainda. Alguns e algumas destas deputadas defendem a alteração do regime eleitoral para os círculos uninominais, em nome da “aproximação aos eleitores”. No entanto, não hesitam, num assunto melindroso, em esconder-se dos seus eleitores, e menos hesitam em reclamar um direito especial para si próprios, bem longe da vida dos seus queridos eleitores. É um assunto vergonhoso, finalmente. A ideia de que os ex-titulares de cargos públicos devem ter um regime especial de privilégio, ou que devem escapar às restrições da segurança social que abrange todos os cidadãos, é sinistra. É estúpida, alimenta o ódio populista contra os políticos e os seus beneficiários merecem estar na berra. É errada, porque os autores das leis que se declaram universais criam uma lei só para si. Por isso, a regra das pensões ficou fechada em 2005, mas ficou a lista dos que até então beneficiavam, alguns dos quais se batem ardorosamente pela salvação do seu pecúlio.» Francisco Louçã in Não sou de cá, só vim ver a bola, explica Nóvoa – Público 19jan2016.
- A Colômbia vendeu a gigante estatal energética Isagen à canadiana Brookfield. Consta que o negócio contou com a ajuda de Tony Blair, que terá apresentado o presidente Juan Manuel Santos aos diretores Guass O'Donnell e Frank Mackenna. Diz quem sabe que a Brookfiled está envolvida num escândalo de suborno para aquisição de licenças de construção no Brasil. TeleSUR.
Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
Bico calado
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