segunda-feira, 25 de maio de 2015

Bico calado

  • A multa de 5,7 biliões de dólares do Citigroup, ao JPMorgan Chase, ao Barclays, ao Royal Bank of Scotland e ao UBS são amendoins, escreve Carey Wedler. Que é isso comparado com os 40,24 biliões de lucros realizados apenas na segunda metade de 2014? Que é isso comparado com os triliões que eles receberam de bailouts no fim da crise financeira? Isto é uma farsa, porque as multas não impedem os bancos de fazer das suas e de serem multados. Não foi o vice-presidente do Barclays que disse em 2010, acerca dos crimes pelos quais o seu banco tinha sido condenado, «Se não fizeste batota não tentaste»? The Anti-media.
  • «Pelo caminho, não perdoa a dois ex-companheiros de partido: Marques Mendes, o ex-líder do PSD que em 2005 vetou a sua candidatura a Oeiras por já estar a braços com a Justiça, e que mais tarde, como político comentador, ‘quase todos os dias pedia a minha demissão’; e Paula Teixeira da Cruz, acusada de ter influenciado o seu processo, como ministra da Justiça, com declarações públicas contra as prescrições. ‘Pessoa sem princípios e sem carácter’, escreve Isaltino da ministra, que diz ter despedido da Universidade Atlântica em 2007, depois de  Mendes a ter ‘contratado para assessoria jurídica’, tendo-lhe sido pagos ‘mais de €139 mil’. ‘Dado que não foram encontradas evidências do trabalho de PTC’, Isaltino cessou o contrato e hoje põe o dedo na ferida: ‘A hipocrisia estava patente na contradição entre as virtudes públicas de que se reclamavam e o apego às avenças e cargos que lhes conferia o vil metal’. Marques Mendes ‘é um caso de ingratidão típico’ e Isaltino não perdoa. No pátio da Carregueira, quando F., ex-armador de Sesimbra, se lhe referiu a Mendes como ‘o salafrário do baixinho’, diz que ‘nisso, fui obrigado a concordar com ele’. Uma nota de rodapé promete mais: ‘Todos estes episódios serão contados em profundidade e detalhe noutra obra, que publicarei dentro de algum tempo.’» Expresso.

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