Rua 34, Anta-Espinho. Foto: Aurora Mlorais 28abr2015.
Esta fotografia tem muito que se lhe diga, mesmo correndo o risco de provocar alguns que a observam com algum gozo e sobranceria, quiçá com alguma vergonha por esta cena ocorrer numa cidade casineira e organizadora de um torneio mundial de futebol de praia.
Primeiro, tudo está no seu devido lugar, tudo está arrumado e limpo. O cavalo parece muito mais bem educado do que muito cãozinho que se pavoneia por Espinho povoando os passeios de laradas onde os distraídos carimbam os seus sapatos.
Segundo, o cavalo não polui, e aquilo que alguns já vão atirar dizendo que é poluição, é excelente adubo para terras que produzem vegetais, hortaliças, cereais que não precisam de químicos ou de dopantes para crescerem mais depressa. A propósito, sabia que as fezes de um cãozinho cheiram muito mais mal e são muito mais difíceis de limpar do que as de um cavalo?
Terceiro, o cavalo não produz ruído. Que chatice, não é?
Quarto, é vegetariano. Outra chatice, não é?
Apenas por estes pequenos pormenores, o cavalo não deveria pagar impostos, mas sei que paga. Obrigado, Aurora, por partilhar cena tão refrescante e pitoresca.
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