terça-feira, 7 de abril de 2015

Bico calado

  • «Esta foi uma das crónicas mais complicadas de escrever desde que tenho memória. Escrever sobre o resultado das eleições da Madeira é como tentar descrever uma imagem num caleidoscópio: em segundos, tudo muda. Vamos lá deixar aqui claro isto, senhores Madeirenses: uma coisa é esperar uma hora pelos Açores, outra é andar 72 horas a mudar quem venceu as eleições e a rescrever crónicas.» João Quadros in Uma maioria intermitente, JNegócios 2abr2015.
  • «Talvez estejamos no turbilhão de uma profunda mudança, cujas conveniências escapam ao modelo de humanismo no qual, mal ou bem, temos vivido. Inclino-me a admitir o facto. Mas também não conjecturo um grupo de serventuários tão inepto e iletrado como este a servir essa transformação. Se o faz, desobedecendo ou ignorando as leis da convivência social e da cordialidade mais rudimentares, dá como resultado a frase execranda de Maria Luís e o apoio despudorado de Pedro Passos Coelho. Portugal estrebucha na miséria, com fome, sem esperança e sem norte, e aqueles dois bolçam em nós o critério do cofre cheio, como no tempo do Salazar. Com, entre outras, uma diferença: o Salazar era um conhecedor da língua, por frequentador diurno e nocturno do Padre Vieira, e aqueles que tais nem sabem quem este foi.» Baptista Bastos in O insulto, CM 25mar2015.

Sem comentários: