quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bico calado

  • Xenofobia de matrícula, por Nuno Nogueira in TSF/Tubo de Ensaio 4fev2015.
  • «(...) Nos empresários existe a mesma sociedade dual. Os empresários 'não rentistas' têm o lucro dependente do sucesso dos seus investimentos e opções. Ao invés, o 'empresariado rentista' tem o rendimento assegurado pelas taxas fixas contratadas com o Estado e pelos mecanismos do reequilíbrio financeiro.(...)» José Manuel Oliveira Antunes in O capitalismo rentista e o Portugal 2020.
  • Marques Mendes sugeriu que deveria haver limite de mandatos para os dirigentes sindicais. E que tal também haver limite semelhante para os comentadores de televisão?
  • «O Tratado Orçamental foi criado para não ser cumprido, sobretudo nos países que têm dívidas muitíssimo elevadas. Alguém pensa que um país como Portugal está em condições de cumprir o Tratado Orçamental? Desenganem-se. O Tratado Orçamental implica pagar os juros do serviço da dívida, que em Portugal já se aproxima de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), mais um vigésimo da parte da dívida que excede os 60% do PIB. Ora, a nossa dívida já se aproxima dos 130%. Ou seja, o Tratado Orçamental implica que a cada 100 euros de riqueza criada se deva consignar ao serviço da dívida 8 euros. Ora, 8 euros em cada 100 euros, isso é uma impossibilidade", acentuou o ex-ministro, que também foi titular da pasta da Segurança Social.» Bagão Félix, ex-ministro das Finanças e da Administração Pública, 26nov2014.
  • «A mesma Alemanha que é dirigida por uma chanceler que acha que temos salários muito altos, quer que os camionistas quando operam neste país recebam pelo salário mínimo alemão, qualquer coisa a rondar os 1309 por mês. E a França e a Bélgica querem proibir com pesadas multas que os camionistas façam o seu descanso semanal no interior do veículo.» David Pontes in Presos pela geografiaJN 3fev2015.
  • «Enquanto Passos Coelho compara o Governo grego a um "sonho de crianças" e foge, irresponsavelmente, ao debate que tem que ser feito sobre a recolocação estratégica de Portugal face à nova realidade que a vitória do Syriza na Grécia inevitavelmente convoca, o Prémio Nobel da economia Paul Krugman pergunta - na sua crónica no "New York Times" - se o problema do Syriza não seria precisamente o de não ser suficientemente radical. Suficientemente radical para colocar em cima da mesa a questão do "Grexit" (a saída da Grécia do Euro), para erradicar de vez com a "fantasia económica" (Krugman, dixit) sem sentido imposta pela elite da Europa, para não encontrar soluções menores para problemas maiores que só foram agravados pelos planos de suposta assistência financeira. O problema do pesadelo grego, segundo Krugman, é que uma reestruturação suave da dívida e da austeridade possa ser apenas um paliativo que oculte a degradação da economia pela ilusão do pequeno crescimento, sem que seja alguma vez possível uma forte recuperação económica que permita aos gregos a aproximação aos padrões de vida anteriores à intervenção da troika.» Miguel Guedes in Da América com amor, JN 3fev2015.

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