quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Bico calado

  • “Pedro Passos Coelho não pode deixar para a Procuradoria-Geral da República uma pergunta a que tem obrigação moral e política de responder pessoal e imediatamente. Porque começa a haver apenas uma explicação plausível para a sua falta de memória: que Pedro Passos Coelho não se lembre do que fazia na Tecnoforma. Para ganhar cinco mil euros por mês, nos anos 90 ou hoje, é preciso fazer por isso. E se Pedro Passos Coelho não tem atividade para mostrar à frente do Centro Português para a Cooperação, a ONG que a Tecnoforma fundou para — outra boa pergunta: para quê, exatamente? — a grande dúvida aí começa a ser: por que estranho motivo poderia uma empresa privada querer pagar cinco mil euros por mês a um jovem político à espera de mais altos voos para este não fazer nada de que se lembre? E o problema é que, caso cheguemos aí, esta é uma daquelas perguntas que se responde a si mesma: o político queria receber e a empresa queria que o político lhe ficasse a dever.” Rui Tavares in Aqui há gato, Público 24set2014.
  • “A visita anunciada pelo Ministro Paulo Portas, sendo uma visita de caráter económico e a matéria que trata é, concretamente, o Mar, leva a que esse assunto deva ser tratado com o Governo dos Açores, porque, se a visita é de caráter empresarial, o que fazem nessa visita o Vice-Primeiro-Ministro, a Ministra do Mar e dois Secretários de Estado?” Sérgio Ávila, vice-presidente do governo açoriano.
  • Ativistas escoceses bloquearam a Thales UK, agora conhecida por Govan, protestando contra o seu papel na produção de drones usados por Israel contra a Palestina.
  • Pais agridem professora dentro de escola em Abrantes. Este ano o circo começa cedo...
  • A CIA dispõe de vasta experiência em derrubar aviões: derrubaram o avião dos presidentes Roldos, no Equador, Torrijos, no Panamá, do líder revolucionário cubano Camilo Cienfuegos, em 1959, e também o avião da Cubana 455, em Barbados. A CIA também derrubou o avião do primeiro-ministro de Portugal, Sá Carneiro, e do seu ministro da defesa, mortos na queda do Cessna 421 em Lisboa, em 1980, numa pré-eleição muito parecida agora com a pré-eleição de Campos. Essa queda preparou a entrada de um governo português pró-EUA. Wayne Madsen, jornalista, antigo oficial da armada norte-americana responsável pela gestão de um dos primeiros programas de software de segurança daquela armada.

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