segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bico calado

  • “A novela em redor do BES e demais barraquinhas financeiras do Grupo Espírito Santo volta a revelar “Lesboa” em todo o seu esplendor provinciano. Marcelo Rebelo de Sousa é amigo de Ricardo Salgado. Não interessa se passam férias no Mediterrâneo ou na Baixa da Banheira. O local do aconchego veraneante é uma irrelevância, a relevância está na amizade que une Marcelo e Salgado. Perante este facto, o entertainer da TVI só tinha dois caminhos legítimos na relação mediática com o imbróglio BES: ou estava calado, ou criticava Salgado. Sucede que Marcelo optou pelo único caminho que não podia tomar: elogiou em público as escolhas de Salgado (Morais Pires). Em nome da salubridade do debate, Marcelo Rebelo de Sousa não pode fingir que é um anjo neutral nesta questão. Até porque a sua companheira, Rita Amaral Cabral, é administradora do BES. Marcelo Rebelo de Sousa fez carreira entre linhas, num terreno ambíguo e escorregadio entre jornalismo e política. Ao longo dos anos, transformou-se num vaporzinho de segredos palacianos. Mas, no caso do BES, já era tempo de o Dr. Marcelo acabar com os seus próprios segredinhos. No fundo, o Prof. Doutor e restantes donos de “Lesboa” têm de perceber uma coisa: isto não é tudo de Suas Excelências." Henrique Raposo in Jornal Expresso 3 de Julho de 2014
  • “É um erro persistente do Ocidente apelidar esta crise uma ‘crise de valores’. Porque há muito que pensadores e filósofos mostraram que ‘os valores’ foram fabricados para a boa consciência dos que os utilizaram afim de dominar e retirar benefícios e mais-valias de vida à outra parte da humanidade.” José Gil in A Terra por vir, I - Visão 3jul2014.

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