terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Bico calado

  • “A recente "remodelação" governamental, além de ser uma farsa chilra, é a continuação do jardim-de-infância em que o poder se foi transformando. A manifesta falta de experiência de vida, a ausência de cultura democrática, a carência de leituras e o afastamento da reflexão em favor do tró-la-ró, espelham-se nas próprias frases descosidas e titubeantes dos escolhidos. Repete-se a evidência de que as "jotas" têm sido um manancial de ociosos espevitados que vai "formar" o grosso dos sucessivos governos.” Baptista Bastos in Uma voz clara contra os embustes que circulam, JNegócios 10jan2014.
  • “Muitas vezes, quando algum desalento cala fundo, nestes doces invernos, refugio-me em memórias literárias para recuperar esperanças que se esvaem e afastar o pesadelo de pensar que os meus netos (ou bisnetos) visitarão um dia a Igreja de Santa Engrácia, feita Panteão Nacional, para aí prestar homenagem à que teria sido a nossa melhor selecção de futebol de todos os tempos. Preferia que fossem, com tal propósito, ao cemitério dos Prazeres, como milhares de pessoas visitam o cemitério Père Lachaise, em Paris, para homenagear quem lá repousa: Balzac, August Comte, Paul Éluard, Oscar Wild, Proust, Maria Callas, Edit Piaf, Jim Morrison e Laurent Fignon, um admirado ciclista francês, entre muitos outros desportistas, filósofos, escritores, poetas, compositores e músicos. Mas rendo-me às evidências: cada país tem a dimensão que tem, porque os deputados eleitos, unanimemente, assim querem”. Tomás vasques in O regresso ao passado, Jornal i 13jan2014.

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