“Acho que está quase tudo dito. O tempo que, embora contrariado, provavelmente ainda poderei ter que passar na prisão será mais uma contingência que, quando comparada com tudo o que já tive que suportar nos últimos seis anos, será de somenos importância. Será, à semelhança do que já acontecera com Edmundo Pedro, em 1978, um segundo caso de prisão política. Estou de consciência tranquila. A acontecer, teria mais que ver com o facto de ser o «mal amado» do regime do que com a minha disposição para ser o «cordeiro que se sacrifica» para justificar os erros cometidos em nome da democracia. O Estado e os seus principais protagonistas que assumam as suas responsabilidades! Neste livro eu assumo as minhas.”
Contos proibidos, por Rui Mateus – Publicações D. Quixote lda, 1996, p374
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