quinta-feira, 7 de março de 2013

Jardim, a grande fraude (31)

“O padre Martins envolveu-se de alma e coração na luta por condições dignas de vida para o seu povo. Andava todos os dias na Câmara do Machico a exigir água potável para os seus paroquianos; foi ele, em união com a força do povo, quem conseguiu que se erguesse na povoação a escola que não havia; foi ele quem, com o povo, fez nascer o transformador que trouxe a luz eléctrica; e foi ele quem, em terrenos oferecidos pela população, fez abrir a estrada que a todos beneficiou. Tudo isto, antes do 25 de Abril de 1974 (...) Surpreendentemente, dois anos depois de Abril, D. Francisco Santana, após várias peripécias, impede o padre Martins de concelebrar, e força-o a sair da igreja matriz de Machico, onde o povo reunido para a cerimónia do crisma impediu o cumprimento da pretensão do bispo.”

Jardim, a grande fraude, Ribeiro Cardoso – Caminho 2011, p180-181.

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