sábado, 16 de fevereiro de 2013

Jardim, a grande fraude (16)

“A 17 de Junho de 1976, Miranda dirigiu-se à Ponte do Seixo, em Água de Pena, com o objectivo de fazer abortar a operação para matar  o ex-comandante do Copcon, plano de que o capitão João Machado diz ter sido o mentor. Este militante do CDS-PP, co-fundador da FAMA (fórum criado por Jardim e considerado sucedâneo da Flama), assumiu-se também como um dos organizadores da ocupação da antiga Emissora Nacional. ‘Miranda diz desconhecer quem foram os operacionais dos atentados, enquanto Daniel Drumond garante que Jardim estava a par de tudo. Por isso, quando ascendeu ao poder, em 1978, acordou com membros do directório da FLMA o fim dos atentados. A quebra do ‘pacto de silêncio’ sobre esse período poderá explicar a estranha morte dos flamistas Jorge Cabrita, Júlio Esmeraldo e José Bacanhim, todos em circunstâncias nunca esclarecidas. Antes, ainda no auge do bombismo, morreram dois jovens simpatizantes: Rui Alberto, também militante da juventude Centrista, quando manuseava uma bomba-relógio, que explodiu nas suas mãos, no Porto Santo, e Alírio Fernandes, que tinha levado a gelamonite para aquela ilha, apareceu enforcado na prisão militar de Santiago.’”


Jardim, a grande fraude, Ribeiro Cardoso – Caminho 2011, p108-109.

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