segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Jardim, a grande fraude (18)

“Nessa posição-chave, e nomeadamente quando arrancaram as grandes obras públicas na Madeira, Ramos começou a servir de intermediário junto das grandes empresas nacionais de construção civil. E da fama não se livra: a partir daí nenhuma empreitada passou a ser possível no arquipélago sem o amen do adjunto de Jardim. (...) Com o andar da carruagem Jaime Ramos deixou também de estar só, em termos familiares, no seio da Assembleia Legislativa (AL), separou-se da mulher, passou a viver em união de facto com Mafalda, secretária da mesa da AL, e tem já na direcção do Grupo Parlamentar do PPD o seu jovem e promissor filho Jaime Filipe Ramos, que segue afoitamente os passos do pai. Até já chegou a presidente da Associação dos Jovens Empresários. Na verdade, Jaime filho entrou para a Jota do PPD, rapidamente se tornou seu lider e, pelas quotas da Jota, entrou para deputado na Assemblcia Regional. Hoje, ou melhor, já há algum tempo, e apesar da sua juventude, é um dos políticos-empresários madeirenses que mais dinheiro factura, como consta das suas declarações5es no Tribunal Constitucional. (...)Os negécios vão das obras públicas ao imobiliário, cimentos, rent a car, iluminações, químicos, tratamento de águas e resíduos, turismo, armazéns e rádios, entre outras éreas. Na Zona Franca da Madeira tem pelo menos registadas duas empresas: a Procomlog, combustíveis e logística, Lda e a AECO-Asfaltos, Emulsões e Combustiveis, SA. 

Jardim, a grande fraude, Ribeiro Cardoso – Caminho 2011, p124-125.

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