domingo, 9 de setembro de 2012

A Farsa, de Raul Brandão (2)

“O colosso de terra, de penedia descarnada e abrupta, não dá só piorno bravio – mas imensa e prodigiosa vida. De Inverno rasgam-na as águas, desaba a tempestade e o tumulto, dilacera-o o raio mas, depois desse diálogo travado entre a montanha e o Inverno, a vida ressurge, a serra acorda. Anda ternura no ar, desponta a primeira flor na raiz duma fraga. Cheira a neve perfumada e ao hálito inocente dos montes”

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