“Apesar de abandonados pelo Estado, que os rouba, cobrando-lhes de fisco uma exorbitância, quatrocentos contos o ano passado e quase o dobro este ano [1922], não lhes dando em troca uma maternidade, uma pequena biblioteca que os instrua, um médico, uma botica, uma estrada; apesar de abandonados pelos homens, sem organização nem instrução, sem um padre que lhes fale em Deus ou nas coisas eternas (a capelinha de madeira está fechada) – esta gente é tão fundamentalmente boa que há cinquenta anos para cá, não consta de um roubo, de um crime ou de um delito. Pode-se dormir com a porta aberta.”
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