terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Reflexão

George Monbiot escreveu, no Guardianum artigo de forte crítica aos jornais corporativos britânicos. Mas as suas ideias são transversais a toda a imprensa corporativa europeia e mundial, pelo que este artigo deve ter posto a arder as orelhas de muito diretor de jornal. Ideias base: 1) a imprensa corporativa defende o 1% que lhe paga, manipulando as questões mais importantes de tal modo que consegue mobilizar leitores para combater os seus próprios interesses; 2) a imprensa corporativa retrata o crime e os comportamentos antissociais como apanágio dos pobres, omitindo as colossais fraudes fiscais cometidas pelos grandes da alta; 3) a imprensa corporativa exige leis mais rigorosas para combater o pequeno crime mas queixa-se da burocracia que impede as empresas e os bancos de tratar a terra como se fosse um caixote de lixo; 4) a imprensa corporativa rotula os pobres de ameaça ao “nosso” estilo de vida mas bombardeia-nos com casos da vida diária de famosos e pede-nos para celebrarmos o estilo de vida da elite económica; 5) a imprensa corporativa promove os seus amigos e familiares; 6) a imprensa corporativa engana-os acerca da origem da nossa opressão, branqueia as nossas escolhas democráticas e demoniza os que tentam desafiar o 1%; 7) o sistema político britânico foi corrompido por todos os media corporativos. Defendermo-nos da elite económica significa identificar e desmascarar o poder da imprensa.

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