O mercado da fome traz lucro para os países desenvolvidos doadores, denuncia Jean Feyder no seu livro Mordshunger: Wer profitiert vom Elend der armen Länder? Exemplos de casos: (1) o Haiti é obrigado a importar dos Estados Unidos 80% do arroz que consome, ficando assim à mercê dos caprichos dos mercados internacionais e dependentes da ajuda humanitária; (2) no Quênia enquanto se tentava desenvolver um meio de subsistência para os agricultores através do cultivo de óleo de girassol, foram despejadas no mercado toneladas de óleo de cozinha subvencionado por programas de ajuda humanitária; (3) na Somália, metade da ajuda alimentar do WFP foi roubada por senhores da guerra, comerciantes corruptos ou funcionários corruptos do próprio WFP; (4) há uma indústria da ajuda, de instituições de caridade concorrentes e que têm interesses comerciais; mesmo que tenham boas intenções, as organizações humanitárias vivem da fome e da ajuda humanitária, elas concorrem pelo dinheiro de doadores e cooperam muito pouco entre si. Deutsche Welle.
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