quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bico calado

  • A revolta contra as mordomias dos políticos, por Daniel Oliveira in Arrastão.
  • “O ministro da Administração Interna teve que usar três-vezes-três a palavra "legal" para justificar a decisão de abdicar do subsídio de alojamento a que, à luz da lei, tem direito, por ter a sua residência oficial em Braga. Quer dizer: lá bem no fundo, Miguel Macedo entende não ter nada que devolver os 1400 euros em causa, mas, como a coisa começava a ganhar foros complicados, cedeu à pressão.” Paulo Ferreira in Um governo de alfacinhas, JN 25out2011.
  • “Um dos clássicos truques dos maus políticos apanhados em situação dúbia é argumentarem terem a lei a seu favor. O ministro Miguel Macedo cedeu à pressão e abdicou do subsídio de deslocação pago pelo Estado. Antes disso, porém, argumentara que a sua residência oficial era em Braga (apesar de em Algés ter um apartamento registado no Tribunal Constitucional como segunda morada), que o direito a este subsídio "existe há muito tempo na lei" e que "a questão colocada não é nova, tem muitos anos". Pedro Tadeu in Miguel Macedo e outros coveiros da Democracia in DN 25out2011.
  • “E que dizer da "satisfação" pela horrorosa morte infligida ao ditador manifestada por governos que ainda há pouco o sabujavam e lhe iam comer à mão (como agora farão com os novos senhores de Trípoli) na mira de uns dólares ou um contrato petrolífero? Quantos desses governos não foram eleitoralmente financiados com o dinheiro sujo de Khadafi ou - como o britânico, que não hesitou em libertar o autor do atentado de Lockerbie, que vitimou centenas de inocentes, em nome dos negócios da BP - teriam motivos para temer o que o ditador pudesse revelar se viesse a ser sujeito a julgamento?” Manuel António Pina in Mãos sujas, JN 25out2011.

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