quinta-feira, 1 de março de 2012

Seca extrema? Olhe que não...


Portugal pode estar com 30% do seu território em situação de seca extrema e 70% em seca severa, mas quem pode e manda parece pouco ou nada estar preocupado com isso. Se estivesse, há muito que  teria feito um apelo veemente à poupança do consumo de água, nomeadamente através da redução ou corte do uso de água em piscinas privadas, na rega de jardins públicos e privados, na lavagem de automóveis, etc. Até agora não vi nada disso. Pelo contrário, todos simulam calma, parecendo  acreditar que a água é infinita e que as soluções tecnológicas são infalíveis. Enquanto o O INAG e o SNIRH simulam calma, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, diz que a chuva que se anuncia é insuficiente e que é preciso que chova muito nos próximos tempos para que Portugal deixe de estar numa situação de seca.
Entretanto, a Confederação dos Agricultores Portugueses exige subsídios para a aquisição de forragens para o gado e a esmagadora maioria das autarquias queda-se muda perante  uma eventual tragédia alimentar e social, preferindo entreter-se a produzir ruído sobre a eventual redução do seu número. E que dizer do inenarrável parlamento português quando diz que os seus deputados  vão continuar a beber água das garrafinhas de plástico porque assim é trinta vezes mais barato do que beber água da torneira?

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