sábado, 20 de dezembro de 2025

BICO CALADO

  • “(…) Há dez anos, a empresa JMF Projects & Business foi referida em várias notícias da Operação Labirinto, uma investigação sobre alegada corrupção na atribuição de "vistos gold", que levou à condenação de António Figueiredo, ex-presidente do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN).(…) [Marques Mendes] foi sócio da JMF em conjunto com Miguel Macedo, Ana Luísa Figueiredo – filha de António Figueiredo – e Jaime Couto Alves. [Ele] foi acidentalmente interceptado em escutas (…) a pedir ao presidente do IRN para agilizar o processo de naturalização da mulher de Salimo Abdula, que definiu como “um tipo de grande prestígio, talvez o maior empresário de Moçambique” (…). Marques Mendes não foi acusado de nada. Mas (…) viu-se obrigado a apresentar justificações públicas mais do que uma vez. Ora, na entrevista ao Observador, os jornalistas (…) perguntaram-lhe pela empresa JMF (…). “Qual empresa?”, pergunta Marques Mendes. (…) “Não estou sequer a ver qual é…” “É da Operação Labirinto, aquele caso dos 'vistos gold', na altura fez comentários sobre isso”, explica o director do Observador. “Fiz? Não me recordo. Mas julgo que tem que ver com uma empresa que na altura foi falada e que tinha que ver com…” “Com os 'vistos gold'”, repete o jornalista. “Não, não, não tinha nada que ver com 'vistos gold'”, corrige Marques Mendes, que não se lembrava do que empresa era ao mesmo tempo que sabia perfeitamente o que ela não era. (…) Luís Marques Mendes quer mesmo que acreditemos que não se lembra do caso? (…) Nós já temos um primeiro-ministro que ganhou a vida a mediar negócios em escritórios de advogados. possível que venhamos a ter um Presidente da República. O escrutínio pré-eleitoral não é perseguição – ele serve para não termos de escrutinar depois, à boleia de um escândalo ou de um conflito de interesses qualquer.” João Miguel Tavares, Coisas de que Marques Mendes não se lembra (mas devia)Público 17dez2025. Via Carlos Esperança.
  • A devastação e o sofrimento causados pelas fortes chuvas e tempestades que atingiram Gaza são consequências previsíveis do genocídio em curso por parte de Israel e foram uma «tragédia totalmente evitável», afirma a Amnistia Internacional. O grupo internacional de direitos humanos diz que as cenas devastadoras de tendas inundadas e edifícios destruídos em Gaza que surgiram nos últimos dias «não podem ser atribuídas exclusivamente ao mau tempo. São consequências previsíveis do genocídio em curso por parte de Israel e da política deliberada de bloquear a entrada de materiais de abrigo e reparação para os deslocados, afirma Erika Guevara Rosas, diretora sénior de investigação, defesa, política e campanhas da Amnistia Internacional. Fonte.
  • Julian Assange apresentou uma queixa criminal na Suécia contra 30 indivíduos associados à Fundação Nobel. A queixa alega que a atribuição do prémio a Machado viola o testamento de Alfred Nobel de 1895, que exige que o prémio financie aqueles que trabalham pela «fraternidade entre as nações» e pela «abolição ou redução dos exércitos permanentes». A queixa acusa os responsáveis da Fundação Nobel, incluindo a presidente Astrid Söderbergh Widding e a diretora executiva Hanna Stjärne, de abuso de confiança, apropriação indevida de fundos e conspiração. Fonte.
  • MP pede até nove anos de prisão para Miguel Reis, Pinto Moreira e José Costa, titula o Maré Viva de 17dez2025.

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