terça-feira, 29 de abril de 2014

Mão pesada

A Virgin Islands Water and Power Authority foi multada em 700 mil dólares por diversas infrações cometidas na sua unidade de St. Croix, nas Virgin Islands. A VIWAPA está ainda obrigada a investir vários milhões de dólares em equipamento de controlo da qualidade do ar.

China triplica investimento em fraturação hidráulica


Perto de Porto Formoso, S. Miguel. Foto: Pedro Silva 25abr2014.
  • Sabia que, nas 50 mil árvores plantadas em Lisboa, há 190 espécies? Texto interessante no i online.
  • A National Wildlife Federation acaba de processar o departamento de Estado dos EUA por se recusar a fornecer informações públicas acerca dos planos da Portland Pipeline Corporation/Exxon-Mobile para transportar petróleo de xisto de Montereal para o Maine. Mais de 40 cidades da Nova Inglaterra aprovaram resoluções contra a movimentação de petróleo de xisto nos seus terrirótios. Porém, a tentativa de aprovar uma resolução contra um terminal de petróleo de xisto em South Portland saiu lograda mercê de intensa campanha da indústria petrolífera que, na altura, injetou centenas de milhares de dólares para conrariar o voto local.
  • A Petro China vai investir cerca de mil milhões de libras na fraturação hidráulica durante 2014, o triplo do investimento anterior.

Da corrupção à crise (3)

“Mas há mais situações que esquecem ou adulteram o próprio sentido dos instrumentos de planeamento. Quantas vezes são licenciados, autorizados e construídos edifícios de seis ou mais andares onde planos directores municipais apenas previam vivendas ou prédios baixos? Isto apenas se compreende pelo facto cle existir uma proximidade promíscua entre promotores imobliários e vereadores do urbanismo, que explicaesta ilegalidade. Por outro lado,estas situações são também resultado da confusão legislativa que regula o urbanismo em Portugal, que permite muita discricionariedade a quem aplica a lei e que incita a todo o tipo de arbitrarieclades. Por a fim, não pode ainda ser esquecida uma burocracia imensa e desproporcionacla que ajuda à desorganização e ao descontrolo generalizado.”
Da corrupção á crise, por Paulo de Morais,  – Gradiva junho2013 p67

Bico calado

No Ambiente Ondas3, as 5 postas mais populares da semana que passou foram, segundo a Google Analytics:
As visitas vieram, por ordem decrescente, dos Estados Unidos, de Portugal, da Rússia, do Brasil, da Alemanha, da Índia, da China, de França, do Reino Unido e de Espanha.

Entretanto, a gestão do Tweeter diz-me que, durante a semana que passou, as postas que mais foram lidas e mais interesse despertaram foram as seguintes:

domingo, 27 de abril de 2014

Quercus exige encerramento da central nuclear de Almaraz


Gorreana, S. Miguel. Foto: Pedro Silva 22abr2014.

Reflexão – Que aprendemos com Chernobyl e Fukushima?

A catástrofe nuclear de Chernobyl aconteceu há 28 anos, com os impactos sobre o ambiente e sobre as pessoas sobejamente conhecidos, analisados e comentados. Apesar disso, os decisores políticos e a indústria nuclear parecem não ter aprendido a lição pois, em vez de tomarem medidas para minimizar os riscos que os vizinhos das centrais nucleares correm preocupam-se em salvarguardar os riscos financeiros de eventuais desastres nucleares. Veja-se o que aconteceu com Fukushima, há apenas 3 anos. Haverá sempre uma combinação inesperada de erro humano, erro técnico ou desastre natural que poderá provocar uma rutura num reator e uma enorme fuga radioativa. Não há, pois, energia nuclear limpa e segura. A solução está na sua desativação progressiva e na sua substituição por fontes de energia renováveis, muito mais limpas e seguras. 

Mão pesada

A Allenco Energy Inc. foi judicialmente obrigada a investir 700 mil dólares em equipamento de controlo das suas emissões na sua unidade perto de University Park, no sul de Los Angeles.

Da corrupção à crise (2)

“As práticas mais comuns e viciosas consistem na modificação, sem qualquer regra e atentando contra o interesse público, da capacidade construtiva de terrenos - atribuinclo desta forma benefícios aos promotores imobiliários privados. Assim, áreas classificadas como agrícolas, que apenas permitiam uma actividacle de subsistência a pobres agricultores, mudam de mãos e aí nascem edificios de vinte andares, quando antes nem um galinheiro se podia fazer. Como se explica esta situação tão frequente por esse território fora? Como se legitima? Através de alterações aos planos directores municipais, que modificam a classificação dos solos de agrícolas para urbanos, alterações feitas a pedido ou por ordem de quem domina o poder político. E a quem este se subjuga.”
Da corrupção á crise, por Paulo de Morais,  – Gradiva junho2013 p66-67

Bico calado

“É relevante o número elevadíssimo de manifestantes? Claro que é, até pelo contraste com o almofadado almoço de S. Bento, que significa que o PSD e o CDS nascidos com o 25 de Abril estão hoje acossados em todos os lados menos nos salões. Perderam a rua, não porque o desejassem – tenho a certeza de que se pudessem fazer uma grande manifestação, ou mesmo uma pequena manifestação de apoio ao Governo, certamente que a fariam. Mas não podem. Hoje, os partidos do poder não conseguiam mobilizar para uma rua qualquer nem quinhentas pessoas, puxando por todos os cordelinhos e os fundos largos à sua disposição. Conseguem duas mil nuns almoços de campanha, arregimentados pela camisola e pelos pequenos poderes locais, em certas zonas do país. Mas se o apelo for por causas tão genéricas como o apoio ao Governo, como muitos franceses fizeram a De Gaulle contra o Maio de 1968, então ninguém lá vai. Este abandono da rua não é por a rua ser de “esquerda”, mas porque a actual “direita” no poder estar de mal com o seu país, muito de mal.” 
José Pacheco Pereira in O que cheirou a bafio no 25 de Abril, Público 26abr2014.

sábado, 26 de abril de 2014

Caixa de saneamento custa 20 mil euros

Ponte d’Anta-Monte Lírio, Espinho. Foto: Maria José Quintãos 1mar2014.

Aleluia! Esta caixa de saneamento, avariada há 4 meses, vai ser reparada e a obra já foi adjudicada, por ajuste direto e por cerca de 20 mil euros, à Majober – Sociedade de Construção Civil e Obras Públicas Lda. 

Drones vão combater caça ilegal

Mão pesada

Da corrupção à crise (1)

“As autarquias esqueceram, ou até inverteram, a missão que lhes está atribuída. Deveriam, em primeiro lugar, gerir, com qualidade , os espaço público. Mas a sujidade, falta de manutenção e de equipamentos urbanos, para idosos ou crianças, são a regra. É também função dos municípios orientar o ordenamento do território, nomeadamente do trabalho dos seus pelouros de urbanismo. Só que esta missão está também adulterada. Os pelouros do urbanismo das câmaras municipais passaram a ser, muitas vezes, locais de troca de favores entre autarcas, dirigentes partidários e promotores imobiliários. Nesses espaços, todas as práticas acontecem, desde a valorização ilegítima de terrenos a um tráfico de influência generalizado - todas, exepto as que conduziriam à estruturação apropriada do território e à promoção de qualidade  de vida para os cidadãos.”
Da corrupção á crise, por Paulo de Morais – Gradiva junho2013, p64.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Multado por depositar lixo fora do horário


Reflexão – A pegada ambiental do Mundial do Brasil

A pegada ambiental do Mundial do Brasil, por Dave Zirin, na Nation de 22 de abril.

1 as viagens de avião, incluindo as feitas em aviões privados, terão impactos colossais, tendo em conta que o país é maior do que os EUA; os próprios números da FIFA calculam que essas viagens produzirão 2,72 milhões de toneladas cúbicas de gases com efeito de estufa, o equivalente às emissões produzidas por 560 mil carros num ano.

2 construir um estádio de futebol no meio da floresta amazónica não só ignora preocupações ambientais, mas até desafia a lógica, uma vez que a Amazónia já tem um estádio que nunca enche;  é trágico ver 325 milhões de dólares serem queimados para apenas 4 jogos de um Mundial.

3 Romário, futebolista lendário, consideoru o projeto absurdo, um desperdício total de tempo e de dinheiro; o governo de Dilma Rousseff já sugere a transformação deste estádio, após o Mundial, em prisão a céu aberto!

Bico calado

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pastagens fora das margens da lagoa das Furnas


Lagoa dos Nenúfares, S. Miguel. Foto: Pedro Silva 16abr2014.
  • As margens da lagoa das Furnas deixam de ter pastagens a partir de julho em consequência da assinatura, pelo governo dos Açores, de um contrato de permuta de terrenos. A retirada das pastagens das encostas que envolvem a lagoa visa diminuir a descarga de nutrientes para as águas e, por essa via, o excesso de matéria orgânica dentro da lagoa, evitando que se transforme num pântano. O combate à eutrofização das águas da lagoa das Furnas inclui ainda o desvio de afluentes da ribeira do Salto da Inglesa. O projeto de recuperação da bacia hidrográfica das Furnas recebeu o Prémio Nacional de Paisagem 2012 e foi nomeado para o Prémio de Paisagem do Conselho da Europa.
  • A Ribeira dos Milagres sofreu mais uma descarga de efluentes não tratados provenientes de suinicultura(s). Este problema tresanda que se farta. Há quem sugira fumos de corrupção, uma vez que em 2004 o ministerio público de Leiria arquivou uma queixa crime apresentada pela comissão de defesa da Ribeira por falta de provas. Depois, fez-se uma espécie de ETAR que custou uma pipa de massa mas nunca funcionou direito. Agora espera-se que chegue nova oportunidade de verbas europeias. Esperemos que não sirvam para reeditar a anterior versão deste filme de terror.
  • Gaziantep, uma histórica cidade do sudeste da Turquia, vai ter energia produzida a partir da queima de cascas de pistachio.
  • O governo canadiano autorizou o abate de 400 mil focas em 2014.
  • A China tem 60% dos lençóis freáticos poluídos, admite o governo.

Reflexão - Novos impostos ambientais só avançam depois de reduzidos subsídios danosos

Alguns desses subsídios danosos são as isenções fiscais para combustíveis para os comboios e embarcações, para a agricultura e para algumas indústrias e ainda as deduções fiscais dos chamados carros de empresa.

A Praia dos Tubarões (52)

“E igualmente importante que sejam desenvolvidas acções de sensibilização junto das companhas da arte de Xávega no sentido da observação de regras básicas quanto a uma correcta circulação na praia por parte dos tractores, bem como, da necessidade de serem retirados das dunas frontais e da ante-praia todo e qualquer barracão usado para recolha de materiais, artes e barcos de pesca.
É também importante que as autarquias litorais ameaçadas pelo avanço do mar possuam planos de acção bem delineados, nomeadamente no que respeita a situações de rápida intervenção, de evacuação de pessoas e de bens. Especialmente aquelas autarquias com núcleos populacionais localizados nas margens da Ria de Aveiro deverão contemplar, também para estes, planos de emergência, dada a possibilidade de inundação e isolamento dos mesmos.”
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p205

Bico calado

  • "Ontem, ao ouvir as buzinadelas, pensava em quantos adeptos deste ou de outro clube, loucos de alegria pelo resultado de um jogo que em nada modificaria a sua vida, estariam dispostos a sair à rua para defender o aumento do salário mínimo, o aumento das pensões, o fim das propinas ou o pleno emprego. Quantas dessas pessoas seriam capazes de vir para as ruas exigir o fim da pobreza? Quantas dessas pessoas viriam para a rua indignadas pelos milhares de crianças que passam fome? Quantas dessas pessoas viriam para a rua exigir um combate eficaz à corrupção e uma justiça igual para todos? Quantas viriam defender uma escola pública de qualidade? Quantas destas pessoas virão para a rua no 25 de Abril gritar que não esquecemos a liberdade? Quantas dessas pessoas irão votar nas eleições europeias? Quantas irão votar nas legislativas? E quantas irão votar nos mesmos que hoje os condenam a eles à pobreza e os seus filhos à ignorância? Para que lhes serve este feroz orgulho de grupo e esta embriguez selvagem da vitória se, nos momentos que importam realmente, irão baixar o pescoço onde se irá pousar a canga?" José Vitor Malheiros in O jogo da banca e o jogo da bancada, Público 22abr2014.
  • O Jornalista José Milhazes malha duro no ministro Poiares Maduro. Diz que mentiu perante a Comissão de Ética da Assembleia da República ao dizer que ele recebia, em Moscovo, tanto ou mais do que um deputado e que fazia apenas 3 a 4 peças por mês!
  • A Associação 25 de Abril apelou a uma ampla mobilização nacional para expulsar os vendilhões do templo como classificou o actual Governo de Passos-Portas e o Presidente da República (Cavaco Silva), na mensagem alusiva aos 40 anos da revolução.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Barragem do Baixo Sabor: o ambiente ficou a perder ou a ganhar?


  • A ganhar, diz a EDP: (1) servirá de reservatório para quando as quatro barragens a jusante (Valeira, Régua, Carrapatelo e Crestuma) necessitarem de água; (2) sem barragem a região nunca contaria com grandes investimentos na conservação da natureza, que podem vir a mostrar-se cruciais para espécies em declínio nos últimos anos, como o lobo, o corço, diversos morcegos, a cegonha-preta e algumas aves de rapina; (3) Fundo Baixo Sabor, no valor de 375 mil euros anualmente, para financiar projetos de desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade. A perder, diz a Plataforma Sabor Livre: (1) mais de 40Km dos 100 Km que o rio tem vão ser destruídos; (2) mais de 300 mil árvores, a maioria sobreiros, azinheiras, zimbros e freixos, foram abatidas; (3) as contrapartidas ambientais implementadas ou a implementar pela EDP não chegam para repor a ordem natural das coisas; (4) como a comissão que gere o Fundo Baixo Sabor é controlada pelas autarquias, esse Fundo tem servido para outras coisas que não melhorias ambientais, como foi o caso de dinheiro do Fundo já ter sido gasto em iluminação pública e em obras de melhoria de um posto de turismo. Fonte: Visão.
  • As autoridades maltesas não conseguem impedir o abate massivo de aves migratórias por parte de caçadores, denuncia Chris Packham, um naturalista britânico e apresentador de documentários sobre vida selvagem.
  • A Rússia suspendeu por 3 anos o processo de certificação e autorização de comercialização de sementes transgénicas.

A Praia dos Tubarões (51)

"Ao contrário do desempenho destas equipas (do SEPNA) está a incríivel dificuldade de alguns municípios em gerirem a ilegalidade dos areeiros existentes em seu território. Em meados de Fevereiro de 2004 não existia, por exernplo, um único areeiro licenciado pela Câmara Municipal de Ovar (!) embora sejam vários aqueles identificados no concelho. 
Que se passa, então? É absolutamente crucial que as Câmaras Municipais (autoridades licenciadoras de exploração) trabalhern urgentemente estas questões e procedam com as demais autoridades competentes à aplicação da alinea a) do artigo 60° do Decreto-Lei n.° 270/2001, de 6 de Outubro, relativo à confiscação de máquinas e equipamentos aos infractores!"
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p203

Bico calado

terça-feira, 22 de abril de 2014

Vouzela, Murtosa e Quercus em parceria de conservação da natureza


22 abril: Dia Mundial da Terra.
  • Os municípios de Vouzela e de Murtosa assinaram um protocolo com a Quercus numa parceria de preservação e conservação da natureza. A parceria pretende unir esforços para exigir o aumento dos valores transferidos para os municípios com áreas classificadas e pedir que estas zonas sejam prioritárias na distribuição de fundos nacionais e comunitários, para que haja mais investimentos privados que possibilitem a criação de emprego. 
  • A Agência Portuguesa do Ambiente assinou com as câmaras de Alcanena e Santarém um protocolo para a requalificação da rede de coletores que irá separar os efluentes domésticos dos industriais. A Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena, constituída essencialmente por industriais de curtumes e à qual pertence também o município, será responsável pela reabilitação da ETAR. O projeto deverá estar concluído até ao fim de 2015 sob pena das entidades responsáveis não serem subsidiadas com fundos comuntários.
  • As empresas que exploram o gás de xisto acabam de conquistar poderosos aliados: os sindicatos da construção dos estados da Pennsylvania, do Ohio e da West Virginia, a partir do momento em que começaram a dar emprego aos trabalhadores locais, daqueles estados e não de outros. Os ambientalistas temem que se repita o ciclo do carvão quando começou a ser explorado.
  • Elevadas quantidades de madeira abatida ilegalmente na Amazónia foi comercializada mercê de uma lacuna legal na comunicação entre os sistemas de controlo de comércio de produtos florestais entre os estados brasileiros, denuncia a Greenpeace.
  • A China vai avançar com um vasto programa de centrais nucleares ao longo da sua costa.

A Praia dos Tubarões (50)

"No que respeita ao cordão dunar ainda existente em alguns sectores da zona norte-Centro do país e àquele outro que venha a resultar no futuro, quer de operações de recarga arenosa das praias quer da retenção em paliçadas, será necessário proceder à sua plantação com vegetação litoral apropriada, especialmente gramíneas, de forma a garantir a consolidação das areias e a rápida regeneração das dunas. Na verdade, determinadas gramíneas como o estorno (Ammophila arenaria) coustituem um meio eficiente de consolidação dos campos dunares litorais, bastando para tal que se respeite a sua fragilidade natural perante as agressões antrópicas."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p197

Bico calado

  • Vai ter que sair à força, diz Mário Soares à SIC.
  • Que bem fica o povo unido, por Manuel Cruz in Quatro Almas.
  • O inconseguimento de Assunção Esteves. Youtube (1:24)
  • Paco Bandeira tem canção censurada? Youtube (4:09)
  • Murais políticos renascem 40 anos depois da revolução.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Polónia quer Europa com mais carvão


Imagem: Público.
  • Rede de bicicletas de uso partilhado nasce entre Santa Apolónia e Algés.
  • A Polónia sugeriu a formação de uma união energética europeia, capaz de responder e resistir à atual crise desencadeada pelo conflito Rússia-Ucrânia. Alegando a subserviência da Europa em relação ao gás importado de leste, a Polónia quer reforçar a extração do carvão e do gás de xisto não só no seu país mas em toda a Europa. Refira-se que 90% da eletricidade consumida na Polónia é produzida a partir do carvão e que o país tudo tem feito para contrariar as recomendações de Bruxelas quanto à redução dos níveis de poluição. Não só tem continuado a subsidiar o carvão, como conseguiu excepções para poder continuar a poluir acima do estipulado e até levou o anterior ministro do ambiente a demitir-se por ser crítico em relação ao gás de xisto.
  • Espuma mata 15 mil frangos em 15 minutos – a tecnologia foi aprovada pela FDA por ser considerada... humana.

A Praia dos Tubarões (49)

“Por um lado, é uma verdade que a construção de esporões e enrocamentos ao longo da costa alimenta a indústria portuguesa de extração de pedra. Bastará analisar os dados estatisticos relativos a 2001, em que as 722 empresas do ramo apresentaram um volume de negócios de 461 608 698 euros e uma rendibilidade líquida de vendas de 4.45%. Mas é também verdade que perante a evolução da linha de costa parece oportuno reavaliar as dimensões actuais destas obras e estabelecer um plano sequencial para o total desmantelamento das mesmas face ao grave desequilíbrio que promovem no litoral norte-centro português."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p193

Bico calado

As visitas ao Ambiente Ondas3 já ultrapassaram as 612 mil. As 5 postas mais populares da semana que passou foram, segundo a Google Analytics:
As visitas vieram, por ordem decrescente, dos Estados Unidos, de Portugal, do Brasil, da Rússia, da Índia, da Alemanha, da China, da Itália, do Canadá e de França. 

Entretanto, a gestão do Tweeter diz-me que, durante a semana passada, as postas que mais foram lidas e mais interesse despertaram foram as seguintes: 

domingo, 20 de abril de 2014

Alga poderá limpar resíduos radioativos


Foto: Fernando Belfo 12abr2014.

Reflexão – o fim dos centros comerciais

Imagens de centros comerciais abandonados.

A Praia dos Tubarões (48)

“E mais ainda, tanto faz que os esporões estejam dispostos perpendicularmente à costa, com a extremidade encurvada para barlamar ou com a extremidade encurvada para sotamar. Os resultados estão a vista e são sempre os mesmos. Efectivamente, o que se constata por todo o litoral norte-Centro de Portugal é que este modelo de tentativa de ‘proteção maciça’ da frente oceânica, com esporões, molhes, paredões e enrocamentos foi provocando uma forte degradação das estruturas naturais e o incremento da erosão costeira no litoral português. (...)
Pese embora a possibilidade de várias das obras pesadas existentes não corresponderem às melhores concepções técnicas, a verdade é que os esporões e os molhes construídos sobre a linha de costa dão sempre uma contribuição decisiva para o processo erosivo, ao reduzirem a carga sedimentar que é transponada pela corrente de deriva (predominante de norte para sul a maior parte do ano na costa ocidental portuguesa). Desta forma esta corrente de deriva litoral ao tender para a saturação vai buscar as areias em falta às praias e às dunas promovendo o avanço inexorável da frente de erosão para sectores localizados cada vez mais para sul."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p192

sábado, 19 de abril de 2014

O Banco Mundial não devia subsidiar a privatização da água


Segunda-feira, 14 de abril, era este um dos tipos de resíduos que se podia ver perto do Castro de Ovil, em Paramos-Espinho. Abandonado? Claro que não, garante a câmara de Pinto Moreira-Vicente Pinho. Apenas à espera de dinheiros de Lisboa. Há 7 anos à espera, pelos vistos, uma vez que as últimas escavações foram levadas a cabo em 2007. Entretanto, as promessas de um centro interpretativo já têm barbas de 14 anos! E, enquanto o castro espera, há quem seja suficientemente porco e estúpido para ir despejando resíduos como estes pneus de camião.
  • O Grupo Banco Mundial reuniu 4 dias em Washington. A água foi um dos tópicos tratados. O Banco Mundial tudo tem feito para impor a privatização da água como solução para a crise de água. Fá-lo desde 1980, através de subsídios e financiamentos canalizados através da Corporação Financeira Internacional (IFC). Porém, os projetos de água privada que tem apoiado não andam bem. Por exemplo, em Nagpur, na Índia, os preços dispararam, há atrasos e quebras na distribuição, para não falar em ilegalidades e casos de corrupção que já provocaram protestos. Pudera, as infraestruras necessárias para fazer chegar a água às pessoas são muito caras, exigem muitos meios que não motivam os privados, quase sempre cheios de pressa para faturar. Por isso, muitas instituições enviaram uma carta aberta ao Grupo Banco Mundial apelando para que acabe com todos os apoios à privatização da água. Fonte.
  • Arroteias e falta de derrega de trrenos em Santa Maria – consequências ba erosão, quebradas e deslizamentos de solos, por José Andrade Melo.

A Praia dos Tubarões (47)

“Para estes acérrimos defensores da proteção rochosa da costa, a adopção da estrutura ‘esporão’ ainda se justifica na actualidade, quanto mais não seja porque confere o benefício da dúvida sobre o pressuposto de que após a saturação com areias na face de barlamar do mesmo, os sedimentos deslocar-se-ão para sotamar repondo o equilíbrio sedimentar as áreas erodidas.
Nada mais falso!
Nada mais falso para quem costuma ir até à praia, não somente naqueles soalheiros fins-de-semana ou em busca dos primeiros raios de sol primaveril.
Nada mais falso para quem não se desloca a praia unicamente para inaugurações de monumentos de gosto duvidoso, para o hastear de bandeiras azuis ou quando por lá
aparece a televisão.
Efectivamente, nao se revelam de assimilação facil os tais pressupostos da engenharia, para quem tem vindo a olhar o litoral desde há varios anos de forma insistente, regular e com a angústia de observar este ecossistema a desaparecer à medida que o tempo passa.
Mesmo perante uma eventual saturação dos esporões em determinados momentos favoráveis do ano, não são manifestas as pretensas melhorias nos sectores a sotamar dos mesmos.”
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p191

Bico calado

O problema é seu, senhora Esteves, por António Passeira.

Senhora Esteves
Os meios de comunicação social, quando a si se referem, costumam usar a expressão “segunda figura do Estado”. E percorrendo os atinentes artigos da Constituição, parece que é isso mesmo que a senhora é. Pois é.
A Portugal e aos portugueses daria algum jeito se, já que têm a primeira figura que têm, tivessem uma segunda figura que soubesse imprimir ao seu cargo um pouco de dignidade. E a senhora não sabe.
Digamos que é o seu “inconseguimento”, mas é mesmo isso. Dir-se-ia que a senhora não consegue (inconsegue) “projectar para a Assembleia e para o país o seu softpower sagrado”, e, seja lá isso o que for, é uma pena.
Não sei se a senhora sabe que, nessa cadeira onde se senta, ou pelo menos no local onde ela está, se sentaram homens como Henrique de Barros, Vasco da Gama Fernandes, Leonardo Ribeiro de Almeida, Fernando Amaral, para falar apenas destes. Que a senhora herdou a cadeira de Jaime Gama, não de Albino dos Reis.
Senhora Esteves, disse ontem que, se os militares de Abril queriam falar (na sessão solene que em breve vai assinalar os 40 anos da Revolução) e não falam, o problema é deles. Não, senhora Esteves, o problema não é deles, é seu.
Vou explicar-lhe uma coisa. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou não é apenas um Vasco de apelido Lourenço. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é um homem que fez a guerra e fez a Paz. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é um dos operários da Liberdade em que queremos viver e da Democracia que lhe permite a si, mulher, ser a segunda figura do Estado. Sei que isso pouco lhe importa, que não teria pejo em ser o que tem sido e ocupar os cargos que tem ocupado se o regime fosse aquele que o Vasco ajudou a derrubar. Duvido é que, sem a obra do Vasco e de outros corajosos militares, esse tal regime a tivesse deixado ser, a si mulher, juiza do Tribunal Constitucional, eurodeputada, lusodeputada e agora segunda figura do Estado. O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou é presidente da Associação 25 de Abril. Que essa associação congrega militares e também civis que fizeram Abril, que gostam de Abril, que gostam da Liberdade que Abril trouxe ao nosso país. Que por lá andam também Garcia dos Santos, Martins Guerreiro, Soares Rodrigues e outros tantos Homens de ideais. Que tem como associados de honra Fernando Salgueiro Maia, Ernesto Melo Antunes, Fernando Valle, Sarmento Pimentel e, uma mulher. Sabia? Chama-se Maria de Lurdes Pintasilgo. E até um Homem cuja vida foi um século de combates e que chegou a liderar o seu partido, senhora Esteves.
O Vasco Lourenço que a senhora desconsiderou fez a guerra, fez a Paz, com outros cujos nomes talvez nada lhe digam, corrigiu-lhe o rumo na altura em que tal foi necessário. Falo de Franco Charais, de Pezarat Correia, do Ernesto Melo Antunes.
Sabe que entre todos eles e a senhora Esteves há uma diferença abissal? E é esta: Eles serviram o Estado e o Povo português, a senhora sempre viveu a expensas do Estado e do Povo português. Nunca fez mais nada. A senhora Esteves acumula pensões; eles, tal como eu próprio, acumulam cortes nas pensões. Isto para não falar do Salgueiro Maia, a quem o seu mentor ideológico, cavaco de seu nome, negou uma pensão ao mesmo tempo que as atribuia a dois pides, talvez os que lhe tinham prometido emprego.
Não foi o Vasco que a senhora Esteves ofendeu. Ofendeu todos os Portugueses que amam Abril, que amam a Liberdade e a Democracia.
Alguns estão até no seu partido, embora sejam cada vez menos.
O problema é seu, senhora Esteves. Ontem foi o dia grande do seu inconseguimento.
Passar bem.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Espinho: zero em sensibilização ambiental


O relatório de contas da câmara municipal de Espinho relativo ao ano de 2013 tem coisas muito curiosas.
Por exemplo, fiquei a saber que a rubrica “Sensibilização ambiental” está em branco, isto é, a administração PSD nem sequer se dignou prever orçamento. Estamos, pois esclarecidos: a câmara municipal de Espinho, em matéria de sensibilização ambiental é ZERO. Talvez seja por isso que, por exemplo, não há maneira de estancar as laradas dos canídeos ao longo dos passeios públicos e nos jardins e espaços verdes da cidade ou que, passado tanto tempo sobre os temporais e em vésperas de início de época balnear, as praias de Espinho estejam uma lástima.
Também fiquei a saber que a câmara de Espinho pagou apenas metade do que devia à SIMRIA pelos serviços prestados no tratamento de águas residuais. Este facto tresanda mesmo. Como pode a câmara ficar a dever metade de um serviço quando o cobrou integralmente aos munícipes e estes, presumo, o pagaram na íntegra? Ou não é verdade que as taxas de saneamento e de resíduos, chegam, todos os meses, a casa do munícipe anexadas à fatura do consumo de água?


Quercus e BE contra incineradora na Terceira


Lagoa Rasa, S. Miguel. Foto: Pedro Silva, 14abr2014.
  • O Estela Golf Club, interpôs uma providência cautelar contra a Agência Portuguesa do Ambiente, exigindo autorização para fazer um enrocamento que impeça o avanço do mar e a destruição do seu campo de golfe na Póvoa de Varzim. A APA contesta sublinhando que a obra pode ter impactos negativos e irreversíveis na linha de costa e que, por isso, será necessário um estudo de incidências ambientais no troço da costa limítrofe e de análise custo-benefício do respetivo projecto. É curioso ver um clube de golfe, que consome água em quantidades inimagináveis e injeta químicos intensiva e extensivamente alegue que um enrocamento vai defender um cordão dunar e campos de masseira, um património vinícola do século 18. 
  • Os cocktails de pesticidas usados na agricultura estão a provocar efeitos nefastos nos organismos que regeneram o ecossistema terrestre e, por isso, a porem em causa a saúde dos solos nacionais, alerta uma investigação de Susana Loureiro, do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro.
  • BE e Quercus estão contra uma incineradora na Terceira. A Quercus já apresentou queixa a Bruxelas porque deveria haver um pré-tratamento dos resíduos. Bruxelas não deveria financiar um projeto destes porque ele não cumpre as metas de reciclagem. Para além disso, está-se a colocar o negócio das PPP à frente da saúde dos cidadãos.
  • Produtoras de transgénicos como a Monsanto, a DuPont Pioneer e a Syngenta “investiram” cerca de 400 mil dólares no combate à legislação que poderá proibir o cultivo de transgénicos em Jackson County, no Oregon.
  • Mineiros que extrairam urânio da mina Rössing, da Rio Tinto, na Namíbia, para ser vendido às forças armadas do Reino Unido e dos EUA estão a morrer após sofrerem de doenças pulmonares, entre outras ainda não identificadas.

Reflexão – Triplicou o número de ativistas ambientais mortos nos últimos 10 anos

O número de ativistas ambientais mortos em 2012 foi três vezes superior ao registado dez anos anos, denuncia a Global Witness. Entre 2002 e 2013, cerca de mil ativistas foram mortos em 35 países, tendo apenas 10 casos merecido condenação. O Brasil (448), as Honduras (109) e o Peru (58) lideram em número de mortos. Na Ásia, as campeãs são as Filipinas (67) e a Tailândia (16). Mais números: Colômbia (52), México (40), Guatemala (21), Cambodja (13), Paraguai (10, Ucrânia (2). Via The Guardian.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Borras de café em tijolos que isolam mais som e mais calor


Piscina natural, Cais do Pico, Açores. Foto: Rui Silva 13abr2014.

Reflexão – os impactos do lixo marinho


A animação Sources and impacts of marine litter (Fontes e impactos do lixo marinho), feita por Jane Lee, para o projeto MARLISCO (MARine Litter in Europe Seas: Social AwarenesS and CO-Responsibility) consegue, em menos de quatro minutos, resumir as principais fontes de lixo marinho: aquele que é atirado ao chão ou se dispersa no caminho até um aterro sanitário; os petrechos de pesca que são abandonados, perdidos ou descartados no mar; a garrafa PET que se fragmenta em pedaços menores de plástico; o cotonete que é descartado no WC; as microesferas de plástico que estão presentes em dentífricos e que fluem pelos ralos; as máquinas de lavar que depositam microplásticos nos cursos de água; os microplásticos que absorvem químicos tóxicos e que são ingeridos por animais e acabam indo parar no topo da cadeia alimentar.
O vídeo mostra ainda os 5 giros oceânicos, onde os plásticos tendem a acumular, devido à convergência de correntes oceânicas e os impactos reais causados pelo lixo marinho: à saúde e segurança humana, com riscos a navegação; impactos econômicos, tanto com a limpeza de praias, como gastos com manutenção de embarcações danificadas; ingestão de lixo e aprisionamento fatal em plásticos por animais marinhos. Via Lixo Marinho.

A Praia dos Tubarões (46)

"Foram necessários decorrer mais cinco anos para que, pelas mãos da Direção Regional do Ambiente do Centro, se retomasse a continuidade deste mesmo Projecto iniciado em 1997 na praia de Esmoriz e com extensão a outros sectores do concelho.
Alguém, porém, se esqueceu de um pormenor importantissimo! Cinco anos é muito tempo em termos da evolução de um litoral muito erodido como este. Lamentavelmente, será já muito tarde para o sucesso deste tipo de intervenções em determinados sectores da costa ovarense que aquela data reuniam ainda condições para serem recuperados."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p189

Bico calado

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Exportação de milho transgénico regista quebra de 85%

A Praia dos Tubarões (45)

"Para a concretização das fases seguintes do projecto (colocação de passadiços sobrelevados para acesso pedonal à praia sem pisoteio das dunas, vedação com sebes da envolvente à praia de modo a impedir a intrusão de pessoas e veículos, plantação de flora dunar para ajuda na fixação das areias e um conjunto de medidas de educação ambiental) eram precisos apoios.
Contudo e apesar de todo o entusiasmo e interesse demonstrados pelas gentes locais, por alguns organismos e pelos media em tomo desta obra, a mesma não obteria para as fases seguintes os apoios necessários por parte dos decisores autárquicos camarários, apesar das insistentes diligências feitas junto dos servigos técnicos responséveis. Tratar-se-ia de miopia estratégica ou de uma estratégia política míope?"
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p188

Bico calado

“Os partidos acabaram por transformar-se em agências de emprego e agências de conquista do poder pelo poder. Criaram um sistema em que vão das jotas e começam a ter empregos assim que chegam aos 20 anos, bem remunerados, muitos deles. Basta comparar os vencimentos dos assessores dos ministros com 20 e poucos anos com os de coronéis, professores universitários, médicos...” Vasco Lourenço, Jornal i 12abr2014.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quercus tenta impedir avanço de Parque da Ciência e Inovação

  • Ativistas da Quecus conseguiram travar, através de mandato extrajudicial, o início da obra da via de acesso ao futuro Parque da Ciência e Inovação de Aveiro. “Esta via de acesso tem várias irregularidades e uma das principais prende-se com o facto de atravessar uma área de Reserva Agrícola Nacional, explica António Neves, morador da Coutada que, por força da construção do PCI, ficará privado de parte do terreno da sua casa. O parque, que será edificado em território dos municípios de Ílhavo e Aveiro, pode obrigar à demolição de 10 habitações e três anexos, e atingirá vários quintais. “Além do mais, há um despacho do Governo que refere que a construção desta via está condicionada ao avanço do PCI. E como só parte da obra do futuro parque está aprovada, esta via não pode avançar”, acrescenta o morador. A autarquia ilhavense, presidida por Fernando Caçoilo (PSD), diz que a obra mereceu pareceres favoráveis por parte de várias entidades – nomeadamente da Entidade Regional da Reserva Agrícola – e obteve o reconhecimento de Relevante Interesse Publico.
  • O governo cubano suspenderá as empresas estrangeiras que contaminarem o ambiente no novo porto de Mariel, a 45 km de Havana.
  • Entre a CNN, a Fox News e a MSNBC, apenas esta última fez de forma mais correta a cobertura acerca das alterações climáticas durante 2013, revela um estudo da Union of Concerned Scientists.

A Praia dos Tubarões (44)

“No sentido de preencher um vazio excessivamente ‘pesado’ existente no concelho de Ovar no que respeitava a intervenções eficazes de defesa da costa, um grupo de cidadãos deste concelho, entre os quais se incluiam pescadores, professores e estudantes decidiu levar a prática de forma exemplar o ‘Projecto de Recuperação do Sisrema Dunar da Praia de Esmoriz’ (...)  A primeira fase do projecto consistiu na construção de uma paliçada na praia de Esmoriz.
Estas paliçadas, ao obrigarem a areia a ficar depositada na praia, não só permitiram a reconstrução das dunas, como também, contribuiram de forma oportuna para a resolução de um dos problemas com que periodicamente se defrontava a autarquia local. Efectivarnente, a autarquia via-se frequenternente solicitada na limpeza da areia arrastada para a estrada junto à praia, bem como, daquela que acumulando-se junto às habitagées dificultava o acesso dos respectivos moradores.
Paralelamente e fazendo parte da componente educacional deste pro jecto foram produzidas no âmbito do Clube de Ambiente da Escola Secundária local um conjunto de placas em madeira apelativas da importância das dunas e da vegetação dunar, as quais foram colocadas em locais estratégicos junto ao parque de estacionamento da praia.
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, pp182-185

terça-feira, 8 de abril de 2014

Portugal continental ainda sem dengue


Espinho em 26out2013.

Reflexão – porque é que Zaragoza consome pouca água?


A cidade de Zaragoza, Espanha, é a que mais economiza água no mundo. O projeto Zaragoza, ciudad ahorradora de agua foi iniciado em 1997, com campanhas de sensibilização e desenvolvimento de uma série de estratégias e soluções junto da população com o objetivo de evitar o desperdício.
Será difícil aplicarmos este modelo em Portugal?

Bico calado

  • Bruxelas lançou um video de propaganda à sua reforma da política agrícola comum. Diz que a reforma pretende tornar a agricultura mais verde, mais justa e mais eficiente, que pretende reforçar os laços entre a Europa e os seus agricultores, unir mais os cidadãos europeus. O problema deve ser meu, mas acho-o tão vago, tão vazio, para além de não me parecer defender interesses públicos. Tudo pago por nós...
  • “Então se ele sabia de tudo isso, nos anos de 2002, 2003 e 2004, por que razão não afastou o Governo e o seu partido das pessoas do PSD que tinham responsabilidades no BPN? Por que razão continuou a nomear essas pessoas, quer no partido, quer para o Governo?” Sócrates tem toda a razão nas perguntas que dirige a Durão Barroso sobre o BPN, a propósito da sua última entrevista ao Expresso. A mesma razão, toda, que teria ou Durão, ou Passos Coelho, ou Portas, ou qualquer um desse lado desta patranha que lhe perguntasse: "então por que é que Sócrates nacionalizou o BPN tendo o BPN uma quota de mercado tão pequena que não significava risco sistémico nenhum? Porque é que nacionalizou apenas os prejuízos, deixando tudo o que tinha valor nas mãos dos antigos proprietários? Por que é que Sócrates continua a defender Vítor Constâncio apesar deste ter objectivamente falhado naquilo que estava incumbido de fazer? Para que serve afinal a supervisão bancária?" Ao que alguém do lado socialista da vigarice do século responderia, também com toda a razão: "E então por que é que o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas reprivatizou o BPN vendendo-o a Américo Amorim e Isabel dos Santos com um desconto de 60% relativamente ao valor das avaliações que tinha em seu poder? Por que é que continuou a nomear para o Governo gente ligada ao BPN? Por que é que continua a fazer sair dinheiro dos cofres públicos para pagar dívidas do BPN depois de o reprivatizar?" Filipe Tourais.
  • O ajuste direto da Câmara de Espinho em Dia de Namorados.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Bruxelas quer motores mais silenciosos


Calhau do Cabo - Ponta do Erno, S. Miguel. Foto: Pedro Silva, 6abr2014.

A Praia dos Tubarões (43)

“A utilização de estacaria para retenção de areias constitui uma técnica amiga, universal e eficaz, desde que correctamente aplicada. Na verdade, a colocação de estacas em praias arenosas, sobretudo naquelas onde o cordão dunar se encontra muito erodido ou mesmo ausente, poderá conduzir à reconstrução do mesmo nomeadamente evitando que a areia arrastada pelos ventos se perca sem haver lugar a formação de dunas. Esta metodologia utilizada nos últimos anos em diversos sectores litorais da costa norte-centro do pais tem contribuido decisivamente para o reforço desses mesmos sectores ao permitir que em litorais atingidos pela erosão se venham a edificar dunas de grande envergadura."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p181

domingo, 6 de abril de 2014

Cristas retira apoio ao eucalipto


Ribeira da Gruta do Alcave, Mosteiros, S. Miguel. Foto: Pedro Silva 16mar2014.

A Praia dos Tubarões (42)

“Transformando-se a alimentação artificial das praias e das dunas num hábito e não apenas numa prática ocasional, como aconteceu aquando do aprofundamento da bacia do terminal de petroleiros de Leixões, rapidamente se poderá aperfeiçoar as respectivas técnicas de operação, bem como, adquirir mediante  monitorizacão, um maior numero de conhecimentos sobre a posterior dinâmica das praias.
Independentemente dos muitos pontos da costa que se afigurarn igualmente carentes, parece notória a necessidade de proceder urgentemente à alimentação artificial de algumas praias do distrito de Aveiro, nomeadamente a sul de S.Pedro de Maceda e do Furadouro, bem como, a sul da barra de Aveiro. Será, sem dúvida, no primeiro destes sectores, onde o cordão dunar se encontra sob a forma de uma abrupta arriba, que será de todo conveniente um reperfilamento urgente da mesma de modo a minorar o acentuado efeito erosivo produzido pelo vento.”
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p177

Bico calado

sábado, 5 de abril de 2014

Burros combatem incêndios


Reflexão - privatização dos resíduos

Imagem: Emidio.

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, apelou à nossa serenidade em relação à privatização da EGF, sub-holding do Grupo Águas de Portugal responsável pelo tratamento e valorização energética dos resíduos sólidos urbanos produzidas por cerca de 60% da população de Portugal. Tudo porque a falta de serenidade, a litigância, pode afastar, pode desmotivar os interessados privados no negócio dos resíduos.
Haja, pois, serenidade, não percamos o norte, porque estamos a falar de um negócio que rende milhões, tudo à pála da atual anexação das taxas dos resíduos à fatura dos nossos consumos de água. 
E como prevejo, nestes plúmbeos tempos de refluxo social e político, que a privatização da EGF se concretize, assinemos, serenamente, um contrato em que o estado NÃO seja responsável pela eventual redução da quantidade e do volume de resíduos que vier a verificar-se e NÃO tenha que compensar os privados por essa diferença. Haja serenidade e haja fatura de resíduos separada da da água, porque uma coisa é água e outra coisa são resíduos. Que os privados, serenamente, criem condições para o cálculo e registo dos resíduos produzidos pelos seus clientes. Que os privados, serenamente, deixem de faturar à custa dos consumos de água. Serenamente.

Mão pesada

A Praia dos Tubarões (41)

"Será pois, necessário e urgente haver uma rápida mudança nas práticas habituais de gerir os problemas costeiros, nomeadamente no que respeita à cessação de todas as actividades de extração de areias em praias litorais, bem como, no que diz respeito ao destino final a dar aos dragados portuários. É  importante que haja uma política sustentável por parte das Administrações Portuárias no sentido de continuamente disponibilizarem os dragados recolhidos nas respectivas barras e bacias, de modo a serem depositados a sotamar das mesmas em sectores de acentuada erosão, ao invés da política de comercialização crescente de inertes ocorrida nas ultimas décadas.”
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, p176

Bico calado

  • Segundo o Tribunal de Contas, a secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral, recebeu ilegalmente quase 20 mil euros em senhas de presença enquanto presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada. A Bola 1abr2014. Adenda repescada daqui: Todos nos lembramos do que disse em Setembro de 2012 como candidata do PSD nas eleições regionais dos Açores, quando se demarcou do líder do seu partido e perguntava se alguém a considerava parecida com Pedro Passos Coelho, ao que ela própria respondia: “Eu tenho um passado. Eu não nasci ontem para a política. As pessoas conhecem a minha obra social feita até agora”.
  • “Ninguém pode levar a mal a Constâncio não se recordar de factos que aconteceram há uma década. O que não se percebe é por que é que Constâncio convoca os jornalistas para fazer uma revelação de algo sobre o qual não se lembrava.” Pedro Sousa Carvalho in BPN, entre as brumas da memória, Público 4abr2014.
  • “Seria difícil esperar que um objectivo de qualquer estudo solicitado pela organização fosse questionar a bondade das políticas educativas das últimas décadas. É mais fácil falar na “cultura de retenção” das escolas, das falhas a nível local. Em primeira e última instância das práticas de avaliação dos professores. O dedo não é apontado explicitamente, mas não é difícil entender qual será o alvo.” Paulo Guinote in O Cerco à Sala de Aula, Público 4abr2014.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

20 escolas concorrem para poupar energia


Reflexão – qual a diferença entre os perigos dos transgénicos e os dos telemóveis?


A indústria dos telemóveis conseguiu fazer colapsar a tentativa de, legalmente, ser obrigada a informar os consumidores acerca dos perigos que o abuso do telemóvel representa para o cérebro. A indústria dos transgénicos também já conseguiu fazer colapsar a tentativa de a obrigarem a rotular as embalagens com ingredientes transgénicos. Quando uma indústria consegue manipular os votos de instituições com poderes legislativos, é porque, definitivamente, o seu produto é mesmo perigoso para a saúde das pessoas.

A Praia dos Tubarões (40)

“Entre finais de 1996 e princípios de 1997 foi efectuada na península de Cacela (Ria Formosa) uma operação de recarga sedimentar, convenientemente monitorizada ao longo do tempo. A península apresentava a essa data cotas dunares baixas, vegetação escassa e várias plataformas de galgamento, tendo no Inverno de 1995/96 uma destas zonas sido transformada numa nova barra que viria a dividir a peninsula em duas. Cerca de 325 000 m3 de material dragado ao canal interior da peninsula foram, então, depositados sobre as dunas como reforço das mesmas. Pese embora terem posteriormente ocorrido condições climatéricas adversas responsáveis quer, pela perda de alguma da areia depositada sobre a frente dunar quer, por se continuar a manifestar alguma tendência para os galgamentos, foram estes mesmos problemas ultrapassados com a deposição de mais algum sedimento na praia. 
Ainda na costa algarvia e nos anos de 1996 e 1998 foram realizadas operações de alimentação artificial, respectivamente, no troço compreendido entre as praias do Vau e da Rocha e num troço de 1 400 m em Vale de Lobo. Neste último sector e devido ao facto dos processos erosivos terem sido induzidos pelos molhes da marina de Vilamoura, os custos da operação foram co-financiados pelo governo e pelo operador turístico local, tendo a referida operação consistido na deposição de 600 000 m3 de areia média a grosseira dragada ao largo da costa, a qual permitiria. o alargamento da praia em cerca de 80 metros."
A Praia dos Tubarões, por Álvaro Reis, 2006, pp175-176.

Bico calado

“Quem está desempregado e faz voluntariado não está a aumentar as suas probabilidades de conseguir um emprego. Pelo contrário, está a destruí-las completamente, e não só as suas, as de todos os que estão na mesma situação aos quais nunca nenhuma tia avarenta dará emprego enquanto souber que há um inconsciente que se disponha a trabalhar à borla para si. Está a destruir os empregos que o consumo proporcionado por salários que não são recebidos nunca irão criar. Está a contribuir para que o trabalho seja cada vez mais desvalorizado e os salários cada vez menores. Finalmente, ao abdicar de receber salário, está também a pôr nas mãos da tia avarenta os descontos que tanta generosidade desvia dos serviços públicos e da segurança social. A mesma Segurança social que com salários dignos e descontos nessa proporção tornaria desnecessárias as tias boazinhas que depois aparecem montadas no lombo suado e nos donativos dos outros a darem entrevistas onde dão palpites sobre os passatempos de quem não perdeu o direito a tê-los quando caiu no desemprego. Queres mais gente a trabalhar para a tua imagem, tiazinha? Faz como as pessoas fazem com as pessoas: paga um salário.” Filipe Tourais.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Zona costeira da Barra, da Costa Nova e da Vagueira podem unir-se à Ria


Gruta da Barba Negra, Fenais da Ajuda, S. Miguel. Foto: Pedro Silva 15mar2014.