sábado, 23 de maio de 2015

Bico calado

10 coisas a considerar ao votar no próximo presidente da FIFA, sugere a Transparency International:

A FIFA precisa de um presidente que possa inspirar confiança, que promova a transparência e a responsabildiade por todos os atos. Os numerosos escândalos da FIFA sob a direção de 17 anos de Blatter assim o exigem. 
(1) Durante mais de 10 anos a FIFA serviu-se de uma investigação judicial suiça por alegada corrupção para recusar responder sobre casos de suborno e corrupção. Finalmente, em 2013, a FIFA confirmou que o ex-presidente João Havelange e o ex-diretor Ricardo Texeira tinham aceitado subornos; 
(2) A FIFA organizou dois leilões para os mundiais de 2018 e 2022 que provocaram conflitos entre os concorrentes, encobrindo dados na investigação que se seguiu; 
(3) A FIFA recusou publicar os resultados da investigação sobre os leilões dos mundiais de 2018 e 2022; 
(4) A FIFA publicou apenas um sumário dessa investigação após pressões da opinião pública; 
(5) O relatório dessa investigação ainda não foi publicado; 
(6) A FIFA não declara os vencimentos pagos aos seus executivos ou membros da comissão executiva. Em 2014 diz ter pago 88,6 milhões de dólares a 474 funcionários, uma média de 186,900 por cada, mas omitiu quanto pagou aos seus executivos; 
(7) A FIFA declarou 5,7 biliões de dólares de receitas em 2014, ano de mundial, omitindo pormenores. Diz ter reservas de 1,5 biliões; 
(8) A FIFA exige que os países anfitriões dos mundiais lhe entreguem uma percentagem alta dfas receitas, livres de impostos. Isso deve ter custado 250 milhões ao Brasil; 
(9) Não há tempo limite para o execíciodo número de mandatos da comissão executiva, pelo que o nepotismo é um risco real; 
(10) A FIFA não tem, na sua comissão executiva, nenhum diretor externo não executivo. Até agora 10 comissários e diretores de federação foram expulsos por corrupção. 

E ainda: 

A FIFA gastou 24 milhões de dólares num filme elogiando as suas virtudes e as de Blatter. 24 milhões é cerca de metade do orçamento de 2016 para um fundo de apoio a projetos relacionados com o desenvolvimento do futebol em países membros da FIFA.

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